A sepultura situada em La Trinité-sur-Mer, no oeste da França, "foi realmente destruída, provavelmente com marretas durante a noite", declarou à AFP Gilles Pennelle, eurodeputado do partido de extrema-direita Reagrupamento Nacional (RN).
"A profanação do túmulo de Jean-Marie Le Pen é um ato indescritível, cometido por aqueles que não respeitam nem os vivos nem os mortos", condenou o presidente do RN, Jordan Bardella, na rede social X.
Uma das suas filhas, Marie Caroline Le Pen, publicou na mesma rede social uma foto do túmulo danificado, na qual a cruz de mármore e as placas em homenagem a seu pai e avós podem ser vistas no chão e quebradas.
Fundador da Frente Nacional (FN) em 1972, rebatizada de RN em 2018, Le Pen morreu em 7 de janeiro aos 96 anos e foi sepultado quatro dias depois no panteão da família na sua cidade natal, La Trinité-sur-Mer.
Este renomado orador, condenado pelos seus comentários xenófobos, antissemitas e homofóbicos, promoveu a instalação da extrema-direita em França, onde chegou a disputar a segunda volta das eleições presidenciais em 2002, sem sucesso.
A sua filha Marine Le Pen, que assumiu o comando do partido de extrema-direita em 2011, esforçou-se para moderar a sua imagem, mesmo excluindo o seu pai, e conseguiu impor-se como uma figura política central em França.
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