"Ainda não tenho conhecimento [de um golpe de Estado na Venezuela]. O que posso dizer em relação à Venezuela é aquilo que temos dito desde a primeira hora: há um regime que chegou ao seu limite, ultrapassou tudo aquilo que seria minimamente aceitável, com gravidade muito grande para toda a população, deixando ao abandono, à miséria, à fome, uma população imensa onde, além do mais, estão 400 mil portugueses e lusodescendentes", disse Assunção Cristas.

Por isso, acrescentou, o CDS-PP, “desde a primeira hora, se tem rebelado contra a manutenção deste regime de extrema-esquerda que, de facto, tem penalizado toda a sua população”.

“Fomos os primeiros a dizer que Juan Guaidó devia ser reconhecido e apoiado, para poder convocar eleições livres num ambiente de liberdade e segurança, para virar a página a este regime sanguinário da Venezuela. Infelizmente, até agora, isso ainda não aconteceu", salientou Assunção Cristas, que falava aos jornalistas depois de uma visita ao Comando Distrital de Setúbal da PSP.

O autoproclamado Presidente da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou hoje que os militares deram “finalmente e de vez o passo” para o acompanhar e conseguir "o fim definitivo da usurpação” do Governo do Presidente Nicolás Maduro.

"O 01 de maio, o fim definitivo de usurpação começou hoje", disse Guaidó num vídeo publicado na sua conta na rede social Twitter, no qual está acompanhado por um grupo de soldados na base de La Carlota, a leste de Caracas.

O Governo do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou, por seu lado, que está a enfrentar um golpe de Estado, de "um reduzido grupo de militares traidores" que estão a ser neutralizados.

"Informamos o povo da Venezuela que neste momento estamos a enfrentar e desativar um reduzido grupo de militares traidores que se posicionaram no Distribuidor Altamira (leste de Caracas), para promover um golpe de Estado contra a Constituição e a paz da República", anunciou o ministro venezuelano de Comunicação e Informação na sua conta do Twitter.