A oposição a Maduro considera que as eleições de domingo não respeitam as condições mínimas de transparência, dizendo que são uma “fraude” organizada pelo Presidente eleito Nicolas Maduro.

Na sexta-feira, Juan Guaidó apresentou as alternativas de voto para a consulta popular que quer levar a cabo e que se inicia hoje e decorre até sábado, propondo quatro meios através dos quais os venezuelanos poderão dizer se rejeitam a validade da eleição de domingo.

A oposição propôs a utilização de duas aplicações digitais para telemóvel (como o Telegram e o Voatz), a possibilidade de voto através de um ‘site’ na Internet ou a participação feita por voto presencial em 7.000 mesas espalhadas pelo país.

Nesta consulta, a oposição venezuelana também interroga os cidadãos sobre se querem “a cessação da usurpação da presidência por Nicolas Maduro”, pedindo, em alternativa, eleições presidenciais e parlamentares “livres, justas e verificáveis”.

Finalmente, os venezuelanos são questionados sobre se “ordenam” que se tomem “as medidas necessárias perante a comunidade internacional para ativar a cooperação, o acompanhamento e a assistência que nos permitam resgatar a nossa democracia, enfrentar a crise humanitária e proteger as pessoas dos crimes contra a humanidade”.

Estas três questões foram aprovadas na quinta-feira pela maioria da oposição a Maduro no Parlamento, devendo os venezuelanos responder apenas “sim” ou “não”.

Os líderes da oposição não deram mais dados sobre os modelos de votação ou sobre as medidas de segurança que serão tomadas para evitar erros e assegurar o sigilo das respostas dadas através das aplicações digitais ou pelo ‘site’ na Internet.