As manobras tiveram lugar no Estado venezuelano de Carabobo, no forte militar de Paramacay, na cidade de Valência, 150 quilómetros a oeste de Caracas, e na Base Naval Agustín Armário, em Puerto Cabello, a 210 quilómetros a noroeste da capital.

"Venho dizer aos soldados da minha pátria que é tempo de mostrar força moral, de defender a pátria e a Constituição bolivariana, é tempo de lealdade, de união cívico-militar", disse o Presidente Nicolás Maduro, aos militares, em Puerto Cabello.

Por outro lado, insistiu que as Forças Armadas Bolivarianas devem "preparar-se para demonstrar, de 10 a 15 de fevereiro, que somos os melhores, que estamos prontos para defender a pátria em qualquer circunstância".

Nicolás Maduro reiterou que "o império norte-americano criou um plano para destruir a Venezuela e suplantar o Estado", de maneira inconstitucional.

Nesse sentido, através do Twitter, o chefe de Estado felicitou a Marinha por "estar sempre pronta para defender os mares com profissionalismo e patriotismo".

O Presidente Nicolás Maduro apelou aos venezuelanos, em 25 de janeiro, para se unirem às forças armadas e prepararem-se para defender a paz e a soberania no país.

"Devemos preparar-nos para a defesa militar da Venezuela, em qualquer cenário que possa surgir, em qualquer cenário, junto com o povo", disse numa conferência de imprensa no palácio presidencial de Miraflores, durante a qual anunciou que os exercícios militares "Bicentenário de Angostura 2019" vão ter lugar entre 10 e 15 de fevereiro.

Nicolás Maduro insistiu na necessidade de os venezuelanos continuarem a preparar-se, técnica e cientificamente, e usarem princípios de disciplina, coesão e subordinação às autoridades castrenses, para combater manobras golpistas promovidas pelo Washington contra o seu Governo.

"Ninguém, jamais, estará preparado para um conflito armado, mas os primeiros que não estão preparados são os que pensam na opção de vir com tropas armadas à Venezuela, porque estamos no nosso terreno e estamos dispostos a defendê-lo, inclusive para além dessa vida", disse.

Por outro lado, precisou que durante os exercícios vai-se "afinar a pontaria de todos os equipamentos, das tropas, o movimento de tanques, os mísseis, aviões, helicópteros" e principalmente "a pontaria da alma nacional, porque a Venezuela é uma terra sagrada".

Washington avisou hoje que dará uma “resposta significativa” em caso de violência ou de intimidação contra a oposição na Venezuela.

A Venezuela enfrenta uma crise política que já levou vários países europeus, incluindo Portugal, a lançarem um ultimato ao Presidente Nicolás Maduro para convocar eleições no prazo de uma semana.

Caso Maduro não o faça, Portugal, Espanha, Alemanha, França e Reino Unido vão reconhecer Juan Guaidó, presidente do parlamento venezuelano, como chefe de Estado interino, com poder para conduzir o processo eleitoral.