"Manifestamos, ao povo venezuelano e ao mundo, a mais firme e categórica condenação desta cobarde ação que busca quebrar a paz e a tranquilidade da nação", lê-se num comunicado divulgado em Caracas.
O documento, lido aos jornalistas pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, explica que o atentado "constitui uma oprobriosa tentativa de magnicídio do Presidente, uma agressão à instituição castrense e a toda a coletividade".
"Por tal razão, ratificamos a mais absoluta condenação desta barbárie executada como um passo desesperado que faz parte de planos desestabilizadores, cujo objetivo é mudar, mediante mecanismos não constitucionais, o Governo legitimamente constituído e eleito pelo voto popular", acrescenta a nota.
Segundo o documento, trata-se de "uma prática típica das oligarquias que historicamente, desde que tentaram assassinar o Libertador Simón Bolívar [político venezuelano que teve um papel preponderante na independência de vários países da América Latina], têm pretendido minar os interesses da nossa pátria".
"Resulta desprezável que essas oligarquias contem hoje com a ajuda da extrema-direita venezuelana", sublinha o comunicado.
Por outro lado, explica que as FAV, em conjunto com os órgãos de segurança do Estado, vão conduzir as investigações "para determinar a autoria" do atentado que deixou sete militares feridos, incluindo jovens cadetes.
"Sob nenhuma circunstância aceitaremos que seja violada a soberania nacional. Permaneceremos incólumes e ancorados às convicções que nos caracterizam, apoiando de maneira incondicional e com irrestrita lealdade o nosso comandante-chefe (Nicolás Maduro)".
As FAV explicam ainda que nenhum Governo que pretenda impor-se por vias não democráticas contará com o apoio dos militares venezuelanos.
O comunicado termina com a mensagem "Chávez Vive!, a Pátria continua. Independência e pátria socialista, viveremos e venceremos".
Sábado, duas explosões que as autoridades dizem ter sido provocadas por dois 'drones' (aviões não tripulados), obrigaram o Presidente da Venezuela a abandonar rapidamente uma cerimónia de celebração do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).
O ato, que decorria na Avenida Bolívar de Caracas (centro), estava a ser transmitida em simultâneo e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões venezuelanas e no momento em que Nicolás Maduro anuncia que tinha chegado a hora da recuperação económica ouviu-se uma das explosões, que fez inclusive vibrar a câmara que focava o chefe de Estado.
Nesse instante, a mulher do Presidente venezuelano, Cília Flores, e o próprio chefe de Estado olharam para cima.
Antes da televisão venezuelana suspender a transmissão foi possível ainda ver, o momento em que militares rompiam a formação.
Sete militares ficaram feridos e, segundo as autoridades, foram detidas seis pessoas alegadamente envolvidas no atentado.
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