“O chefe do império anunciou que vai sancionar e bloquear o CLAP, como se não soubéssemos trabalhar e não pudéssemos garantir este programa ao nosso povo”, afirmou o chefe de Estado venezuelano, garantindo que as bolsas e caixas CLAP vão continuar.

Maduro falava no Círculo Militar de Caracas, durante a inauguração da primeira Feira de Inovação, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia das Forças Armadas Bolivarianas, Círculo Militar de Caracas.

O enviado dos EUA para a Venezuela, Elliott Abrams, anunciou na quarta-feira que o Governo do Presidente norte-americano, Donald Trump, prepara novas sanções contra funcionários de Caracas que os EUA suspeitam de estar a beneficiar do programa CLAP.

“É um crime real, porque os venezuelanos mais pobres necessitam [do CLAP] para sobreviver. Eles sabem que este programa está corrompido, nós sabemos e estamos a investigar pormenores”, disse.

O Departamento do Tesouro dos EUA divulgou este mês um relatório no qual dava conta de que altos funcionários do Governo venezuelano estariam a usar o programa CLAP para branquear ativos provenientes de corrupção e para obter benefícios económicos.

Segundo Washington, estão a ser investigadas atividades relacionadas com os CLAP em vários países, nomeadamente na Turquia, no Panamá, no México e no território de Hong Kong.

Estima-se que o programa CLAP chegue quinzenalmente a seis milhões de venezuelanos, embora já tenham vindo a público várias queixas de alguns problemas na distribuição, na qualidade e quantidade dos produtos.