"Vamos usar todos os mecanismos internacionais para que o Governo da Colômbia indemnize a Venezuela pelos cinco milhões e 600 mil colombianos que estão aqui e que recebem todos os serviços, já que vieram para o país numa situação de pobreza", declarou.
Nicolás Maduro falava à imprensa, no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, após receber as cartas credenciais dos novos embaixadores da Alemanha, do Qatar e da Índia.
"Aprovei a ideia de avançar com uma queixa a nível internacional contra a Colômbia pelos colombianos que temos aqui. Não vão ter como pagar", frisou.
Maduro reagia às declarações do homólogo colombiano, Iván Duque, que também na segunda-feira, na Cidade do Panamá, afirmou existir na Venezuela uma "ditadura desprezível", sendo necessário o apoio de todo o continente para combater a crise humanitária e migratória venezuelana.
Em resposta, Nicolás Maduro sublinhou que vai usar "todos os canais legais internacionais" para receber uma indemnização "por todos os colombianos que receberam atenção, saúde, educação", sem qualquer queixa das autoridades da Venezuela.
Por outro lado, o chefe de Estado venezuelano denunciou que a Colômbia está a promover "um plano estúpido" de intervenção da Venezuela e advertiu que "ninguém tocará" no seu país.
Maduro adiantou que vai denunciar também, a nível internacional, a xenofobia contra os emigrantes venezuelanos.
De acordo com a ONU, pelo menos 2,3 milhões de venezuelanos estão radicados no estrangeiro, incluindo 1,6 milhões que emigraram desde 2015, devido ao agravamento da escassez de alimentos, medicamentos e aos altos preços dos produtos na Venezuela, tendo em conta os baixos salários.
Países como o Brasil, a Colômbia, o Chile, o Panamá, a Argentina e o Equador são os principais destinos dos venezuelanos que emigraram para países da América do Sul.
Nicolás Maduro continua a rejeitar a existência de um êxodo causado pela crise no país, afirmando tratar-se de "uma campanha mundial para justificar uma política de intervenção". Assim, o Presidente da Venezuela ordenou a criação de uma ponte aérea para trazer os cidadãos que pretendam regressar a casa.
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