O anúncio ocorreu durante uma transmissão simultânea, obrigatória, pelas rádios e televisões do país, no qual Nicolás Maduro aumentou também 2,5 vezes o valor da criptomoeda venezuelana petro, que passou de 3.600 para 9.000 bolívares soberanos (de 37,17 euros para 92,93 euros à taxa Dicom).

O Presidente venezuelano falava desde o palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, durante uma reunião com o seu gabinete em que fez um balanço dos 100 dias da implementação do novo pacote de medidas económicas que eliminaram cinco zeros ao bolívar forte para introduzir o bolívar soberano, e que passaram pela subida do IVA de 12% para 16% e a ligação dos salários à criptomoeda petro.

Segundo o chefe de Estado, o novo salário entra em vigor a partir de sábado, 1 de dezembro.

Também em dezembro, na primeira quinzena, será pago o bónus “menino Jesus” a seis milhões de venezuelanos, através do Cartão da Pátria, implementado pelo Partido Socialista Unido da Venezuela, do Governo, no valor de 2.500 bolívares soberanos (25,81 euros).

“O primeiro passo para vencer a guerra económica foi criar o petro e estabelecer o seu preço, depois ligar o salário dos venezuelanos à nossa criptomoeda”, frisou.

Nicolás Maduro responsabilizou ainda o “dólar criminoso” (norte-americano) como principal fator de guerra económica contra a Venezuela e o povo venezuelano, desde o estrangeiro.