O gabinete de Luis Almagro denuncia "as atrocidades cometidas pelo regime da Venezuela", que acusa de ter rebaixado "os seus limites de humanidade e decência aos piores níveis de barbárie".
"Os áudios e relatos dos centros de tortura na Venezuela são assustadores: menores de idade que são torturados com choques elétricos, espancamentos, falta de alimentação ou mesmo abusos sexuais", detalha em comunicado.
"A sua dor e os seus gritos são uma nova razão inevitável para que todos os democratas exijam inequivocamente o fim da barbárie na Venezuela", acrescenta.
Mais de 2.400 pessoas foram presas no contexto das manifestações contra a reeleição de Maduro em 28 de julho no meio das suspeitas de fraude. Entre elas, 164 adolescentes, 67 dos quais permanecem detidos e acusados de terrorismo.
Os protestos também deixaram 27 mortos — dois deles militares — e 192 feridos.
A Secretaria-Geral da OEA exige "a libertação imediata dos menores sequestrados pelo regime venezuelano, que se coloque fim a todos os tipos de tortura e que os responsáveis materiais e intelectuais por estes crimes infames sejam levados à justiça".
O poder Judiciário "é um instrumento de repressão", condena, sustentando que a comunidade internacional deve garantir que "as violações sistemáticas dos direitos humanos contra os adolescentes (...) não fiquem impunes".
O governo venezuelano ignora sistematicamente as recomendações da OEA, organização à qual solicitou formalmente a sua saída em 2017.
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