“As autoridades municipais confirmaram-me [a existência] de três mortos em El Callao: um comerciante asiático, um homem e uma mulher. Um saldo lamentável”, escreveu o parlamentar na sua conta na rede social Twitter.

Centenas de venezuelanos manifestaram-se na sexta-feira em várias cidades do país contra a falta de notas nos bancos públicos e privados da Venezuela, um dia depois de saírem de circulação as de 100 bolívares (0,15 euros), com os clientes a reclamarem que a banca não dispõe de novas notas de 500 (0,75 euros) que o Governo anunciou que seriam distribuídos.

Ángel Medina disse à agência Efe que mais de 30 estabelecimentos comerciais em El Callao foram “saqueados” e “destruídos”, relatando um cenário idêntico em outros municípios do mesmo estado, afirmando ainda que as autoridades locais criticaram a atuação “tardia” dos organismos de segurança.

Medina explicou, no Twitter, que o racionamento de dinheiro se soma à “alarmante” escassez de gasolina.

“Não há gasolina, não há notas novas, não há comida, não há nada barato, não há democracia”, afirmou.

O Presidente da Venezuela ordenou, no domingo, a retirada de circulação das notas de 100 bolívares para alegadamente combater máfias internacionais (norte-americanas, colombianas, europeias e asiáticas) que estariam a armazenar ilegalmente aquelas notas para desestabilizar a economia.

Segundo o Banco Central da Venezuela, existem 6.111 milhões de notas de 100 bolívares em circulação no país, aproximadamente 48% do dinheiro que circula entre a população.