“Maduro deve sair e deve formar-se um governo de transição, de entendimento nacional, que se preocupe com os problemas urgentes das pessoas e que convoque eleições depois de eliminar as armadilhas do sistema atual”, disse o empresário numa entrevista à agência EFE em Washington.
Em maio de 2007, a cadeia de televisão privada presidida por Granier, cuja linha editorial é crítica do chavismo, teve de deixar de emitir em sinal aberto depois de o governo liderado por Hugo Chávez, que entretanto morreu, não lhe ter renovado a licença para operar com o argumento de que era uma “empresa golpista”.
Após este incidente, esta cadeia de televisão tentou emitir através de cabo, por satélite e pela internet, tendo encontrado sempre o “bloqueio” do governo venezuelano.
Atualmente, a RTCR dedica-se à produção de conteúdos à espera que haja uma mudança de governo no país para então voltar a emitir em sinal aberto.
Depois de anos a esperar pela mudança, Granier não se atreve a fazer prognósticos, mas diz que “finalmente” a oposição “entendeu que tem de ter um objetivo prioritário”, e que este “é a saída do Presidente Maduro do Governo”.
O empresário considera também que “é urgente” porque a situação na Venezuela “é intolerável”, já que “ninguém resolve os problemas fundamentais da insegurança, inflação, escassez de alimentos e medicamentos ou a deterioração brutal da educação”.
Marcel Granier disse ainda à EFE estar convencido de que o chavismo não vai convocar eleições regionais, nem presidenciais (previstas para 2018) “se pensar que as vai perder”.
E, neste contexto, e numa situação de “quada do poder” por parte de Maduro, o empresário adverte para a possibilidade de ocorrer “um golpe militar”.
Sobre a atitude dos Estados Unidos em relação à Venezuela, entende que “é muito mais decidida” que a do seu predecessor Barack Obama.
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