“Recebi hoje, e aceitei, o pedido de demissão do conselheiro Tiago Monteiro”, indicou o deputado numa nota enviada à agência Lusa, na qual recorda que o dirigente “teve sempre enorme entrega e lealdade para com o partido”.

O conselheiro nacional do Chega Tiago Monteiro, líder do núcleo de Mafra, renunciou hoje aos cargos que desempenhava, um dia depois de ter sido noticiado que pertenceu a um movimento extremista, disse à Lusa fonte do partido.

Numa investigação publicada esta semana, a revista Sábado refere que Tiago Monteiro teve ligações à Nova Ordem Social (NOS), movimento liderado por Mário Machado e entretanto suspenso, tendo inclusivamente estado à frente do núcleo de Sintra daquela organização.

A mesma fonte adiantou que a renúncia de Tiago Monteiro está relacionada com as declarações que o presidente do partido proferiu na quinta-feira, em conferência de imprensa.

Hoje, André Ventura salienta que “o partido não se afastará, no entanto, da linha ideológica definida de luta incessante contra o sistema instalado”.

Falando aos jornalistas no parlamento, no dia em que foi publicada a investigação, Ventura adiantou que não iria tolerar nem admitir “qualquer presença em órgãos dirigentes de militantes que estejam ou tenham estado ligados, quer a atos violentos, quer a atos subversivos, ligados a movimentos extremistas, movimentos violentos ou movimentos racistas”.

O presidente do Chega assinalou, na altura, que exigiu “a todos os que foram envolvidos” na investigação “que fizessem um desmentido imediato de qualquer ligação atual ou passada a movimentos como o NOS, ou outros”.

Aos dirigentes que tenham estado ligados a organizações deste género, André Ventura comprometeu-se a retirar a confiança política.

Fonte do partido disse que o líder da concelhia de Mafra, que exercia aquela responsabilidade de forma provisória até haver eleições naquele órgão, não fez esse desmentido.

Contacto pela Lusa, o dirigente recusou-se a prestar declarações, não querendo sequer confirmar a renúncia aos cargos que desempenhava no Chega.

A revista Sábado dá conta de que existem mais responsáveis do Chega que já tiveram ligações ao NOS ou a outras organizações deste género, como é o caso do presidente da Mesa da Convenção Nacional, Luís Filipe Graça.

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