“O senhor primeiro-ministro está um pouco desorientado. Ele devia estar concentrado em resolver os problemas que prometeu e que não resolveu”, afirmou, apelando a Luís Montenegro “que se concentre em governar”.
Apontando que “a vitimização tem um limite”, André Ventura considerou que “vai haver um momento em que as suas pessoas se cansam deste discurso de 'não me deixam governar, eu queria mas não deixam'”.
À margem de uma visita à Feira da Ladra, em Lisboa, o líder do Chega foi questionado sobre as críticas do primeiro-ministro na segunda-feira. Luís Montenegro acusou o PS de "dar colo" ao Chega e o partido de André Ventura de ser o "chega-me isso" dos socialistas.
“Ouvi o líder do PS dizer que eu promovia o discurso de ódio, a violência, a divisão. Se isto é dar colo um partido, não sei o que é atacar um partido”, respondeu.
André Ventura considerou que o executivo PSD/CDS-PP “devia governar melhor em vez de se preocupar com o que se passa no parlamento entre o Chega, o PS o Bloco Esquerda ou a Iniciativa Liberal”, alertando que há vários setores profissionais que “estão a ficar desalentados, frustrados e cansados”.
“Quer o senhor primeiro-ministro goste ou não goste, o Chega não está no parlamento para ser a muleta de ninguém, nem do PSD nem de nenhum outro. Quando estiverem em causa projetos e propostas que baixem impostos, que acabem com portagens, que subam pensões, que deem dignidade aos antigos combatentes, que têm dignidade à polícia, que ajudem os empresários, nós estaremos lá”, independentemente do partido que as apresente, garantiu, referindo que essa tem sido “a tradição” do seu partido.
O presidente do Chega reiterou que o também líder do PSD deve “cumprir as promessas que fez” durante a campanha eleitoral.
André Ventura criticou também a nova proposta para os debates entre os candidatos às eleições europeias de 09 de junho, recusando uma solução que “favorece o bipartidarismo”, nomeadamente PS e PSD.
“A haver um regime diferente tem que ser um regime de tripartidarismo e não de bipartidarismo. Por isso, não vamos aceitar este modelo de debates, espero que se encontre outro brevemente”, afirmou.
À margem de uma visita a Feira da Ladra, em Lisboa, o líder do Chega foi questionado sobre a mais recente proposta de debates para as eleições europeias enviada no domingo pelas televisões aos partidos, que prevê três debates com todas as forças com assento parlamentar e um frente-a-frente PS e Aliança Democrática (PSD, CDS-PP e PPM).
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