“O que nós dissemos foi que não viabilizaremos nenhum governo em que as propostas do Chega que foram votadas não estejam equacionadas”, afirmou, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.
O líder do Chega disse que aprendeu “com os erros dos Açores”, onde existia um acordo de incidência parlamentar de apoio ao Governo regional de coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM, e defendeu que, para haver uma alternativa, é preciso criá-la “com condições de governabilidade”.
E afirmou que, se no dia seguinte às eleições de 10 de março, o PSD não fizer “qualquer espécie de cedência ao grande grupo de eleitores que votou no Chega, então o PSD tem de se entender é com o PS, não é com o Chega”.
“Se nós vencermos estas eleições, é com o PSD e com a Iniciativa Liberal que nós vamos falar. O PSD tem de decidir, se vencer estas eleições, com quem é que vai falar, se prefere falar com o PS, se com o Chega”, salientou.
André Ventura indicou ainda que “se o PSD entender que não deve fazer negociação nenhuma e levar as coisas avante de forma absolutamente irresponsável, sujeitar-se-á à decisão da Assembleia da República de forma livre, sem qualquer acordo”.
“Acho que o país não quer isso, acho que o país quer uma solução de estabilidade. E nós voltamos a dizer, nós estamos disponíveis para uma solução de estabilidade a quatro anos de governo”, afirmou, e considerou que passar a campanha eleitoral a discutir se vai haver um eventual acordo entre PSD e Chega “é fazer o jogo do PS”.
Numa entrevista à SIC Notícias que será divulgada hoje na íntegra, André Ventura disse que, se o Chega não estiver “dentro da solução de governo”, não vai “só por isso ser bota-abaixo em tudo”.
E indicou que se o Chega não for governo, vai pedir que o programa de governo vá a votos. Questionado se isso significa apresentar uma moção de rejeição, Ventura respondeu: “Rejeitamos o programa de governo”.
Perante a insistência da jornalista se se aplica também a um governo do PSD, o líder do Chega disse que será a “um programa de governo seja ele de quem for”.
Hoje, questionado se admite apresentar uma moção de rejeição do programa de um governo do PSD, André Ventura não se comprometeu com uma resposta, referindo ser algo a “ver no momento”.
O líder do Chega tem rejeitado apoiar um governo de direita se não integrar esse executivo.
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