André Ventura assinalou que o Chega tem uma convenção eletiva marcada para os dias 12, 13 e 14 de janeiro, que vai decorrer em Viana do Castelo, e que é até agora “o único candidato” à liderança.

“É preciso esperar pelo voto dos militantes, e não faz sentido que eu estabeleça convites quando ainda não fui reeleito presidente do Chega, após a decisão do Tribunal Constitucional”, afirmou.

O líder do Chega disse ter “uma ideia” do que pretende para o próximo grupo parlamentar e admitiu que as listas poderão incluir “pessoas da sociedade civil”.

“As eleições são a 10 de março, o prazo de entrega das listas é a 29 de janeiro e o nosso congresso termina a 14, portanto eu só posso fazer convites formais a partir do 15 dia após ser reeleito, como espero, presidente do Chega”, salientou.

Questionado se serão anunciados alguns cabeça de lista durante a convenção, André Ventura indicou que será possível perceber “que alguns [dirigentes] serão provavelmente cabeças de lista”, ressalvando que “há coisas que não precisam ser apresentadas”.

No entanto, o líder do Chega não quis adiantar nomes, dizendo ser necessário “esperar pelo congresso para ver”.

André Ventura visitou hoje, juntamente com uma delegação de dirigentes e apoiantes do Chega, o Mercado de Benfica, em Lisboa, para “mostrar que a política do Governo em matéria orçamental falhou decisivamente”.

“As pessoas não sentem nem sentiram nunca que o custo de vida tivesse diminuído, não sentem nem sentiram nunca que os bens tivessem ficado mais baratos, e o que continuam a sentir é o peso enorme da inflação”, afirmou aos jornalistas, antes de entrar no recinto.

O presidente do Chega apontou que “o dever de qualquer político é tomar conhecimento das dificuldades das pessoas, mas sobretudo mostrar como o Partido Socialista falhou nesta matéria, porque tinha prometido mais poder de compra”.

“Aliás, passaram oito anos a dizer que devolveram rendimentos – e eu tenho a certeza que ali dentro ninguém vai dizer que sente que tem mais rendimentos — e é isso que nós queremos inverter, esta política de empobrecimento”, indicou.

Ventura disse também que esta já constituiu uma ação de pré-campanha, apontando que, com as eleições regionais nos Açores em fevereiro e legislativas nacionais a 10 de março, “o calendário fica sistematicamente mais apertado”.

“Vamos ter de fazer um esforço ainda maior em várias zonas do país para levar a nossa mensagem e a nossa proposta às pessoas”, acrescentou.

Durante a visita ao Mercado de Benfica, o líder do Chega cumprimentou e conversou com vários comerciantes, acedeu a pedidos para tirar fotografias e foi pedindo apoio para o partido nas eleições.

Foram também ouvidos gritos de “fascista”, a alguma distância, por parte de um grupo de pessoas, junto das quais estavam alguns agentes da PSP.