Contactado pela agência Lusa, o segundo comandante da PSP de Viana do Castelo, Raul Curva, adiantou terem sido apreendidas múltiplas quantidades de haxixe, ecstasy, cocaína, anfetaminas e outras substâncias estupefacientes.
O policiamento, "requisitado pela organização do festival, decorreu desde o final da tarde de quarta-feira (08 de agosto) até ao último domingo (12 de agosto) às 12:00".
O serviço de ‘drug-checking' assegurado pela Agência Piaget para o Desenvolvimento (APDES) naquele festival analisou 55 amostras de substâncias psicoativas, que revelaram "pouca adulteração".
"Curiosamente, este ano, refletindo algumas tendências que temos visto noutros países, as substâncias são maioritariamente o esperado e com pouca adulteração, ao contrário daquilo que se passou no mesmo festival no ano passado, em que havia muitas substâncias adulteradas", afirmou a coordenadora da equipa do Porto do projeto de promoção da saúde e segurança “CHECK!N”, da organização sem fins lucrativos APDES, em declarações à agência Lusa.
Segundo Joana Pereira, se em 2017, no Neopop, "metade das amostras de cocaína analisadas não tinham cocaína nenhuma", este ano "isso não está a acontecer, refletindo dados de outras equipas noutros países".
As análises foram feitas às amostras entregues pelos festivaleiros no espaço da APDES no recinto do Neopop.
Segundo Joana Pereira, o objetivo desta intervenção da APDES em festivais como o Neopop "não é nem dissuadir nem promover o comportamento, mas simplesmente fazer com que a escolha seja mais informada".
"Nós acreditamos nas pessoas como autodeterminadas e capazes de fazerem as suas escolhas. Com o ‘drug-checking', o que fazemos é devolver informação objetiva e imparcial à pessoa, com um pequeno aconselhamento pré e pós teste, passando informação no sentido de que ‘isto é o que tem a tua amostra, se escolheres usar tem em atenção que está presente esta substância que tem estes efeitos e que, por isso, deves adaptar o teu uso desta maneira ou daquela'", explicou.
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