De visita à freguesia de Rabo de Peixe, onde se reuniu com o presidente da Junta de Freguesia, o centrista Artur Lima disse que “o RSI [Rendimento Social de Inserção] não deve ser um modo de vida, deve ser um modo de ajuda transitório às pessoas, e é obrigação do Governo capacitar estas pessoas para que possam integrar a sociedade e [para que] sejam cidadãos, com os seus empregos, as suas famílias, que sejam felizes e sem serem dependentes dos outros”.

O responsável pela tutela da Solidariedade Social respondia às questões dos jornalistas acerca da intenção de reduzir os beneficiários deste subsídio, depois de ter afirmado que a sua maior preocupação, “neste momento, é acudir às famílias com necessidades, mais básicas, como alimentares”.

Artur Lima afirmou que os serviços de ação social e o poder local “estão a acudir com eficácia e rapidez, e ainda não há situações de carência que não tenham sido acudidas”, em Rabo de Peixe, vila que tem sido notícia por ser uma das freguesias mais pobres dos Açores, adiantando que o executivo está pronto “para aumentar a resposta social, se ela for necessária”.

O arquipélago dos Açores é região mais pobre do país e é também aquela com mais beneficiários do RSI, com uma média de 10,2%, face à média nacional de 3%. É, no entanto, a região do país onde os valores atribuídos no âmbito deste apoio são os mais baixos, com um valor médio de 86,11 euros.

O governante lembrou que o Governo tem “uma nova direção regional, que é de promoção da Igualdade e Inclusão Social”, e que pretende “diminuir o RSI, criando oportunidades de emprego, novas oportunidades de emprego, e capacitando os jovens e as pessoas para terem o seu trabalho e o seu sustento”.

Artur Lima elogiou, também, o “povo de Rabo de Peixe, pelo extraordinário comportamento de civismo e exemplo de cidadania que deu aos Açores e ao país”, depois de ter sido sujeito a uma cerca sanitária e a um esforço de testagem a toda a população.

Num dia em que se reuniu, também, com o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, o vice-presidente do Governo Regional, que tem também a tutela da cooperação com o poder local, destacou “a importância que este Governo quer dar, e a cooperação que quer ter, com o poder local desde a presidência da câmara até à junta de freguesia, o poder mais próximo dos cidadãos”.

O líder regional do CDS-PP assumiu a vice-presidência do Governo de coligação, formado com PSD e PPM e liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, ficando responsável pela tutela de áreas como a solidariedade e segurança social, igualdade e inclusão, habitação e cooperação com o poder local.

Cabem ainda na vice-presidência as responsabilidades sobre comunidades, emigração e imigração, assuntos eleitorais e a aerogare civil das Lajes.