Tiago Brandão Rodrigues comentava desta forma uma notícia avançada hoje pelo Diário de Notícias, segundo a qual quase metade das escolas que integram o projeto de gestão de câmaras de videovigilância e sensores nas escolas está com problemas.

De acordo com o jornal, o sistema integra, desde o início do ano, 1.150 escolas de norte a sul do país, outras tantas centrais de monitorização, 11.500 câmaras e mais de 56 mil sensores, constituindo um dos maiores sistemas de videovigilância escolar da Europa.

Em declarações aos jornalistas no final de uma visita à Escola Básica Francisco de Arruda, em Lisboa, o ministro da Educação esclareceu que o projeto de videovigilância já existe há alguns anos e tem como “intuito monitorizar os estabelecimentos de ensino”.

“Tivemos a oportunidade de reativar este sistema, de o pôr a funcionar em pleno e, neste momento, está a funcionar em pleno em muitas escolas do país para prevenir qualquer tipo de eventualidade que possa acontecer durante os períodos noturnos ou durante os períodos de interrupção escolar”, sublinhou.

O ministro disse que é preciso “deixar muito claro” que o sistema de videovigilância “não funciona em períodos letivos”, mas apenas durante as interrupções escolares e a noite.

O Diário de Notícias adianta que, desde que arrancou o projeto, os seus gestores no terreno confrontam-se com "deficiências" no equipamento em cerca de 40% dos estabelecimentos de ensino (mais de 400), nos quais algumas câmaras ou sensores estão avariados, além de 35 escolas (3%) onde o sistema está desligado.

Tiago Brandão Rodrigues assinalou hoje o último dia de aulas do segundo período letivo com uma visita à Escola Francisco de Arruda, onde visitou várias salas de aulas e conversou com alunos e professores.

Durante a visita ouviu algumas histórias contadas pelos alunos na biblioteca, uma das bibliotecas de referência da Rede de Bibliotecas Escolares, e recordou os livros de ciência, de aventura que leu na infância.

Foi também saudado por jovens imigrantes oriundos do Nepal, da Índia, da China, da Bulgária, que estão há pouco tempo em Portugal e estão aprender a Língua Portuguesa na Escola Francisco Arruda.

Depois de apresentarem, dizendo em português o nome, a idade, e o gosto que tinham de viver em Portugal, alguns jovens leram excertos de história em Português e outros na sua língua materna.

No final da visita, Tiago Brandão Rodrigues destacou o trabalho inclusivo realizado nesta escola, bem como os seus projetos pedagógicos.

“É uma comunidade educativa que funciona em pleno, há uma interação muito capaz entre os alunos, utilizando todas as potencialidade que esta escola requalificada tem, nomeadamente esta biblioteca fantástica”, afirmou o ministro.

Destacou ainda a importância de fechar o segundo período nesta escola e observar “como a escola portuguesa é verdadeiramente inclusiva, não só com todos que têm necessidades educativas especiais, mas também com todos aqueles que chegaram a Portugal há relativamente pouco tempo” e têm dificuldade de aprendizagem da língua por não dominarem o português.

Esta escola, que tem na sua envolvência uma comunidade imigrante bastante grande, “acaba por dar resposta a essas necessidades de forma tão saudável e tão positiva como hoje pudemos ver”.