Nascido em Porto de Mós, no distrito de Leiria, em 1939, o almirante Nuno Gonçalo Vieira Matias morreu hoje, vítima de doença prolongada, anunciou a Marinha.
Numa nota publicada no portal da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa lamenta a morte do almirante Vieira Matias e envia "sentidas condolências à família, aos amigos e às Forças Armadas".
"O Almirante Vieira Matias foi um notável militar, com uma carreira muito diversificada ao serviço de Portugal, que passou brilhantemente pelos fuzileiros e pelo comando no mar, tornando-o uma referência como marinheiro. Chefe do Estado-Maior da Armada entre 1997 e 2002, é com a sua liderança, com a sua visão inovadora e arrojada que consegue ditar muita da presente capacidade operacional da Marinha", lê-se na nota.
O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas refere que, "concluído o seu serviço ativo como militar", Vieira Matias "tornou-se num notável investigador e académico, dedicando-se ao estudo dos mares e das suas potencialidades".
Marcelo Rebelo de Sousa elogia "o seu conjunto de qualidades pessoais, profissionais e académicas", considerando que favoreceram o exercício de funções como membro da Comissão Estratégica dos Oceanos e do Conselho Consultivo Europeu de Investigação sobre Segurança da União Europeia, como presidente do Conselho Supremo da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, presidente da Academia de Marinha, membro efetivo da Academia das Ciências de Lisboa e vogal do Conselho das Ordens Honorificas Portuguesas.
O Presidente da República salienta ainda que "o Almirante Vieira Matias foi várias vezes agraciado pelo Estado Português, destacando-se as condecorações com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo e mais recentemente com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique", atribuída em janeiro deste ano.
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