A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, convocou hoje ao fim da tarde uma conferência de imprensa para fazer um balanço do surto do novo coronavírus que foi detetado na China.
Graça Freitas admitiu que o grupo de portugueses que vai regressar da China é especial, por estar no “epicentro de uma nova doença”.
A diretora-geral da Saúde indica que o Ministério disponibiliza instalações tranquilas e dignas para que possam estar em “isolamento profilático”, desde que aceitem estas condições.
O Hospital Pulido Valente, em Lisboa, e o Hospital Militar, no Porto, serão as unidades com instalações para estes portugueses que regressam da zona de Wuahn.
Contudo, a DGS ainda está a receber opiniões de peritos para decidir se irá aplicar análises a todos os portugueses que vão regressar da China num voo especial.
A China elevou hoje para 213 mortos e quase 10 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado pelo novo coronavírus (2019-nCoV) detetado no final do ano em Wuhan, uma cidade com 11 milhões de habitantes.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 50 casos de infeção confirmados em 22 outros países - Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Austrália, Finlândia, Emirados Árabes Unidos, Camboja, Filipinas, Índia, Suécia e Rússia.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.
Vários países já começaram o repatriamento dos seus cidadãos de Wuhan, que foi colocada sob quarentena, na semana passada, com saídas e entradas interditadas pelas autoridades durante um período indefinido, e diversas companhias suspenderam as ligações aéreas com a China.
A Comissão Europeia ativou na terça-feira o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, a pedido da França.
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