“A nossa expectativa é de grande entusiasmo naturalmente. Temos, em relação aos próximos quatro anos, uma grande vontade que acreditamos ser mútua de trabalharmos de forma intensa. Não realizamos, entre Portugal e Brasil, uma cimeira desde 2016, as cimeiras supostamente eram anuais e, portanto, estamos com muita vontade de recuperar o tempo”, destacou Gomes Cravinho.
João Gomes Cravinho salientou ainda que as relações luso-brasileiras “não começam do zero” com a visita de Lula da Silva, que chega a Lisboa no próximo dia 18.
“Conhecemos bem Lula. Lula conhece muito bem Portugal e, portanto, não estamos a começar do zero. Muito pelo contrário. Estamos a começar a partir de uma base muito sólida de relacionamentos passados”, disse o governante português, que falava à Lusa no final da visita à exposição “Outras Lembranças, Outros Enredos”, que inaugurou hoje na Cordoaria Nacional.
Segundo João Gomes Cravinho, o facto de Lula da Silva escolher Portugal como primeiro país para uma visita bilateral representa “um sinal muito forte”.
“Acreditamos que ao escolher Portugal como primeiro país para uma visita bilateral depois da sua eleição, ele (Lula da Silva) está a dar um sinal muito forte e aquilo que nós iremos dizer a Lula quando ele cá vier é que do lado português haverá correspondência total em relação a esse sinal forte”, disse.
Relativamente às trocas comerciais bilaterais, João Gomes Cravinho considerou que têm evoluído “relativamente pouco”.
“O comércio tem evoluído relativamente pouco, mas nós estamos a trabalhar em vários planos. Estamos a trabalhar diretamente no bilateral entre Portugal e o Brasil. Estamos também a trabalhar num plano mais amplo entre América do Sul e União Europeia e acreditamos que possa haver agora condições para termos a ambição de fechar esse acordo e ampliar o nosso relacionamento económico”, vincou.
O ministro disse ainda acreditar que Portugal e Brasil “podem trabalhar juntos de forma muito intensa em matéria de energias renováveis”.
“Eu acredito que Portugal e o Brasil podem trabalhar juntos de forma muito intensa em matéria de energias renováveis. É uma das áreas fortes da economia portuguesa e o Brasil, não tenho dúvidas, que irá enveredar por uma aposta muito mais significativa em matéria de energias renováveis”, afirmou.
A este respeito, João Gomes Cravinho salientou a proximidade geográfica do porto de Sines do Brasil.
“Também queria assinalar que o porto de Sines é o mais próximo do Brasil e o Brasil tem um grande potencial para se tornar um exportador de hidrogénio, portanto, o hidrogénio verde, que será a energia do futuro e isso será mais um elo para a relação entre Portugal e o Brasil”, concluiu.
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