Com palavras de ordem “Justiça para todos”, “Demasiados sacerdotes pedófilos” ou “O Milagre: Acreditar no Vaticano”, os manifestantes concentraram-se na Piazza del Popolo, na capital italiana, onde leram manifestos.
“Chega de desculpas, chega de perdão. Indemnização para as vítimas”, assinalava o cartaz principal da concentração, enquanto no Vaticano decorre uma cimeira sobre a proteção de menores, até domingo.
Um dos ativistas vítima de abusos, disse que tem de haver “tolerância zero” e que “qualquer padre ou sacerdote que tenha abusado uma criança não pode continuar como padre”.
Um representante das cerca de 245 vítimas abusos sexuais na igreja chilena leu em espanhol um manifesto que afirma que "a reunião que se realiza no Vaticano é um reconhecimento da tragédia global em matéria de pedofilia clerical".
Os manifestantes marcharam na praça romana com cartazes escritos principalmente em espanhol e inglês, tendo outras mensagens como “Deixem paz os meninos que ainda não nasceram” ou “O papa é surdo”.
No Vaticano decorre um encontro histórico sobre os abusos a crianças cometidos pelo clero, este fim de semana.
O protesto ocorre no mesmo dia em que o cardeal alemão Reinhard Marx admitiu que aIgreja destruiu dossiês sobre abusos sexuais.
A denúncia do religioso provocou a reação imediata de uma das organizações de defesa das vítimas de padres pedófilos presentes em Roma para o evento. "Isto é ilegal", afirmou, indignado, o americano Peter Isely, fundador da ECA (End Clergy Abuse), durante o protesto.
Hoje, a cimeira dedica-se a questões de transparência e quebra do código de silêncio que manteve o abuso escondido por tanto tempo.
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