“Tristemente, há um risco de que não possamos identificar todos”, disse o comandante da polícia Metropolitana de Londres (MET), Stuart Candy.

Até ao momento estão confirmados 30 mortos pelo fogo que destruiu o edifício de 24 andares, no qual viviam entre 400 e 600 pessoas, mas as autoridades estimam que o número possa subir.

Cundy disse ainda que o incêndio está completamente extinto e que não há qualquer indício de que tenha sido deliberadamente provocado.

Pelo terceiro dia consecutivo, os bombeiros revistaram hoje os andares do prédio, composto por 120 apartamentos, muitos deles de proteção social, enquanto aumentam as críticas sobre a segurança em outros edifícios similares no Reino Unido.

As autoridades são criticadas pelo estado em que se encontrava o edifício depois de alguns residentes terem denunciado que os alarmes de incêndio não dispararam, e também pelo material usado no revestimento do imóvel, composto por polietileno, que explicaria a rapidez com que se propagaram as chamas na madrugada de quarta-feira.

Não está ainda esclarecida a origem do incêndio e a primeira-ministra britânica, Theresa May, iniciou uma investigação oficial sobre a tragédia, a fim de compreender todas as causas do ocorrido para que este desastre não volte a ocorrer.

May é também criticada pelos media locais por não ter falado ontem com os sobreviventes do incêndio quando visitou o bairro norte de Kesington, onde está o imóvel e onde falou com agentes da polícia e bombeiros que trabalharam para conter o fogo e resgatar os residentes.

Segundo testemunhas, o incêndio terá começado no quarto andar do edifício, cerca das 00:15 de quarta-feira.

A primeira vítima foi identificada como o refugiado sírio Mohmmed Alhajali, de 23 anos, que estudava engenharia civil e que estava no 14.º andar quando se declarou o incêndio.

Dez portugueses viviam em três apartamentos do prédio que ardeu e quatro deles - pai, mãe e duas filhas de 10 e 12 anos - foram assistidos pelos serviços de emergência.

De acordo com fonte da Secretaria de Estado das Comunidades, as duas crianças estão internadas, mas fora de perigo.

[Notícia atualizada às 12h37 com o último balanço do número de mortos]

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