"A minha presença em Kiev hoje, 9 de maio, é simbólica, mas também é o sinal de uma realidade crucial e muito prática: a UE trabalha lado a lado com a Ucrânia em muitas questões", disse Ursula von der Leyen aos jornalistas no comboio noturno que a levou à capital ucraniana.

Esta é a quinta visita que von der Leyen faz à Ucrânia desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro do ano passado, e coincide com o Dia da Europa, celebração da UE que, a partir de hoje, as autoridades ucranianas também assinalam, virando as costas à tradição soviética de comemorar o Dia da Vitória contra o nazismo.

"É bom estar de volta a Kiev, onde todos os dias são defendidos os valores que nos são caros", escreveu na rede social Twitter a responsável, considerando que a capital da Ucrânia é "um local tão apropriado para celebrar o Dia da Europa".

Com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e outras autoridades do país, Von der Leyen espera "preparar o terreno para o início das negociações de adesão" ucraniana ao grupo dos 27, destacou a presidente da Comissão Europeia, citada pela agência de notícias Efe.

A Comissão Europeia deverá elaborar no verão um relatório preliminar sobre os progressos que Kiev está a realizar nas reformas exigidas por Bruxelas, antes de poder iniciar as negociações de adesão. Em dezembro, será levada a cabo uma segunda análise mais completa.

Ainda no que diz respeito à guerra na Ucrânia, a política alemã disse: "Continuamos a aumentar a pressão sobre a Rússia. É um dos pontos sobre os quais vou relatar ao presidente Zelensky".

E especificou: "Estamos agora a concentrar-nos na aplicação rigorosa das sanções e a tomar medidas para evitar que sejam contornadas. Estamos determinados a colmatar as lacunas. Não haja dúvidas sobre isso", afirmou a dirigente comunitária sobre aquele que seria o 11.º pacote de medidas restritivas contra Moscovo desde a invasão.

Outras "questões-chave" que Von der Leyen planeia falar com a liderança ucraniana vão desde "a entrega de munições e um apoio financeiro significativo, até garantir à responsabilização da Rússia pelo seu crime de agressão".