Num discurso em Belfast, durante o encerramento de uma conferência de três dias para assinalar o 25.º aniversário do Acordo de Sexta-feira Santa (acordo de paz assinado em 1998), a líder do executivo comunitário elogiou a determinação de Londres e Bruxelas para “superar as diferenças e encontrar soluções viáveis para os desafios que surgiram depois de ‘Brexit’ [processo da saída do Reino Unido da União Europeia]”.

“O acordo-quadro de Windsor é um novo começo para velhos amigos. Vira a página sobre anos de divisão e disputa. É uma oportunidade para nos focarmos no futuro da nossa parceria e para nos concentrarmos no que nos une”, disse.

A líder comunitária considerou que as perspetivas de grande desenvolvimento económico são “uma oportunidade única para a Irlanda do Norte” e exortou os atuais líderes políticos a mostrarem a “mesma sensatez e visão” dos antecessores que negociaram o acordo de paz em 1998.

Também o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, referiu o acordo-quadro de Windsor como uma “boa oportunidade para construir uma relação mais positiva e estável entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido”.

“Penso que proporcionará maior certeza e previsibilidade para as pessoas e empresas da Irlanda do Norte”, disse.

A saída do Reino Unido da UE deixou a Irlanda do Norte alinhada com o mercado único europeu para evitar uma fronteira física com a vizinha República da Irlanda, membro do bloco comunitário, o que cria atrito nas relações comerciais com o resto do Reino Unido.

Após longas negociações, o Reino Unido e a UE chegaram a um acordo em fevereiro passado para resolver as divergências sobre o comércio, que elimina controlos aduaneiros para as mercadorias que circulam entre o Reino Unido e a Irlanda do Norte.

Mas o Partido Democrata Unionista (DUP), que derrubou o executivo da Irlanda do Norte em fevereiro de 2022, considera que o acordo-quadro de Windsor não vai suficientemente longe.

O partido mantém um bloqueio à formação do parlamento e de um novo governo regional desde as eleições de maio, nas quais ficou em segundo lugar, atrás do Sinn Féin, pela primeira vez na história.

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