“Até nova reavaliação, todas as necessidades estão supridas”, refere a autarquia, em comunicado, agradecendo “a enorme onda de solidariedade” que se gerou para ajudar a população de Vouzela.
Segundo a autarquia, neste momento há carência de pasto e de ração para animais, artigos de higiene pessoal e de limpeza, materiais de construção e eletrodomésticos.
O município informa que, nas freguesias afetadas pelos incêndios, “foram já disponibilizados locais para a colocação de entulhos provenientes das construções e demolições, tendo em vista o correto encaminhamento”.
“Estes locais destinam-se apenas e exclusivamente a esta finalidade, sendo que os resíduos domésticos e tóxicos não se incluem neste conjunto”, esclarece.
Já “os resíduos volumosos, vulgo monos (eletrodomésticos, sofás, colchões, etc.,) devem ser encaminhados através da linha ambiente da autarquia pelo nº 800205838″, acrescenta.
Na semana passada, a Câmara abriu uma conta bancária para apoiar as populações afetadas pelos incêndios (com o IBAN: PT50 0045 3190 4029 3068 7781 9), que “será única e exclusivamente canalizada para este fim e gerida apenas pelo município”.
As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.
Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.
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