Segundo a agência Efe, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, convocou para hoje um Conselho de Ministros extraordinário para decretar o estado de emergência em Madrid, na sequência do grande aumento no número de infeções pelo novo coronavírus na comunidade.

Santiago Abascal reagiu através das redes sociais advertindo que, “se o tirano Sánchez voltar a decretar um estado de emergência ilegal”, convocará para segunda-feira, 12 de outubro, uma nova marcha pela liberdade.

“São uma máfia e os espanhóis não vão deixar-se aprisionar de novo”, acrescentou o líder do Vox, que afirmou, ainda, que pretendem “encerrar os espanhóis, enquanto as suas máfias atuam com toda a impunidade por Espanha, enchendo-a de ilegais”.

A convocatória do primeiro-ministro espanhol surgiu horas depois de o Tribunal Superior de Madrid ter rejeitado as medidas que restringem a movimentação das pessoas na capital de Espanha, que tinham sido impostas pelo Governo central para lutar contra o aumento dos casos de covid-19.

As autoridades receiam que centenas de milhares de madrilenos vão passar o fim de semana fora, depois de a Justiça ter anulado as medidas de restrição da mobilidade do Governo central.

A magistratura defende que as medidas propostas pelo Governo central e aprovadas no órgão de coordenação com as comunidades autónomas na área da Saúde "interferem com os direitos e as liberdades fundamentais".

Em Espanha, as autoridades regionais têm competência exclusiva em matéria de saúde e o Governo central não tem o poder de lhes determinar as suas decisões em matéria de saúde.

Espanha registou quinta-feira 12.423 novos casos de covid-19, um quarto dos quais em Madrid, elevando para 848.324 o número total de infetados no país desde o início da pandemia, de acordo com a informação divulgada pelo Ministério da Saúde espanhol.

As autoridades contabilizaram mais 126 mortes com a doença nas últimas 24 horas, aumentando o total de óbitos para 32.688.