Segundo uma nota enviada às redações, o encontro está marcado para domingo de manhã, na Fábrica Braço de Prata, em Lisboa, estando prevista para as 17:00 uma conferência de imprensa no local.

"Há momentos onde é necessária a coragem de começar de novo. Este é um desses momentos em que é necessário ver mais longe do que as ilusões e aparências recomendariam", pode ler-se na mesma nota.

À agência Lusa, um dos subscritores explicou que a organização está à espera de 200 pessoas para o Encontro Nacional Convergência, que reúne "sensibilidades informais dentro do Bloco de Esquerda como o Novo Curso, Mais Bloco ou Via Esquerda e mais aderentes do partido".

"São pessoas que consideram que há uma orientação política que não afirma um projeto próprio", aponta.

Na perspetiva dos organizadores do encontro, é necessário que o "Bloco afirme um projeto político próprio e que assuma que é oposição".

Os subscritores da convocatória do encontro estão ainda descontentes com questões de democracia interna, criticando "um fechamento grande em termos de capacidade de debate e de acolher diferentes opiniões" por parte da atual direção, liderada por Catarina Martins.

"Aderentes do Bloco de Esquerda de todo o país, ativistas de diversas sensibilidades e origens, reúnem-se no Encontro Nacional Convergência com o propósito de contribuir para repensar o Bloco, a sua presença e intervenção na sociedade, em tempos de grande exigência para enfrentar o colapso ambiental, mobilizar forças e vontades pela igualdade, pela justiça e pelo socialismo", lê-se na nota à imprensa.

De acordo com o mesmo texto, "reconstruir a pluralidade, respeitar a diversidade, pugnar pela unidade para conseguir caminhos de afirmação são desafios que se colocam num encontro com debate livre e por alternativas".

Entre as mais de 60 pessoas que assinam a convocatória estão nomes com os ex-deputados Carlos Matias e Pedro Soares, e Mário Tomé, antigo deputado da UDP e o mandatário nacional do BE nas legislativas deste ano.