"É muito estranho ”, disse Jim Kauahikaua, cientista da US Geological Survey, a repórteres no local, segundo a Associated Press. Foi apenas a segunda vez  que o cientista viu chamas azuis durante uma erupção.

O vulcão produz metano quando a lava enterra e queima plantas e árvores, o que produz as chamas azuis. O gás flui através do solo e de aberturas existentes no pavimento, podendo infiltrar-se a vários metros da lava, explicou o cientista.

Segundo a Business Insider, estas chamas são apenas visíveis à noite. As autoridades alertaram para o perigo deste fenómeno, uma vez que a acumulação de gás no subsolo pode levar a explosões que levantem grandes blocos, que podem atingir pessoas.

Até ao momento o local mais afetado pelas erupções foi o bairro de Leilani Estates.

O vulcão entrou em erupção a 3 de maio e desde então já foram registadas 20 fissuras que estão a expelir lava. Até agora, 50 casas ou edifícios foram destruídos pela lava.

Junto à cratera, registaram-se durante vários dias dezenas de sismos, alguns de magnitude superior a 5 na escala de Richter.

O vulcão situa-se no sudeste da Grande Ilha do Havai, onde vivem cerca de 185 mil pessoas.

O Kilauea, a 1.200 metros de altitude, é um dos mais ativos no mundo e um dos cinco existentes no arquipélago norte-americano.

O turismo, uma das maiores indústrias locais, já registou perdas de “pelo menos cinco milhões de dólares norte-americanos” (cerca de quatro milhões de euros), de acordo com as autoridades turísticas.