Pence fez estas declarações na Conferência de Segurança de Munique, um fórum de política externa e defesa, na qual afirmou que a Venezuela é "uma tragédia que precisa da resposta de todo o mundo".
Na Venezuela está a ocorrer uma "luta entre ditadura e liberdade", argumentou Pence, que enumerou os problemas políticos e económicos do país latino-americano e estimou que outros dois milhões de venezuelanos poderiam abandonar o país e juntar-se aos três atuais três milhões de refugiados.
"Felizmente, a liberdade está a começar a triunfar", adiantou Pence, que avançou que nos próximos dias o povo venezuelano vai voltar a sair à rua para exigir "democracia" e um "Estado de direito".
O vice-presidente norte-americano recordou a conferência que se realizou esta semana em Washington na qual 30 países reafirmaram o compromisso de ajudar a Venezuela e enviar ajuda humanitária.
Os Estados Unidos estão "orgulhosos" por terem sido o primeiro país a reconhecer como presidente Guaidó, que se autoproclamou presidente interino do país latino-americano.
Atualmente, 52 países já reconheceram Guaidó, dos quais 30 são europeus, indicou, adiantando que "o resto do mundo deve continuar agora".
Vários Estados-membros da União Europeia reconheceram Guaidó como Presidente interino depois de terem dado oito dias a Maduro para convocar eleições, pedido a que o presidente venezuelano não respondeu.
Na intervenção na Conferência de Segurança de Munique, Mike Pence também afirmou que chegou o momento de a Europa se retirar do acordo nuclear iraniano e unir-se a Washington para pressionar Teerão.
"Chegou o momento de os nossos sócios europeus se retirarem do acordo nuclear iraniano e de se unirem a nós quando exercemos a pressão económica e diplomática necessária para dar ao povo iraniano, à região e ao mundo a paz, segurança e liberdade que merecem", afirmou.
O vice-presidente dos Estados Unidos afirmou que Teerão é "o maior patrocinador do terrorismo internacional" e é a "maior ameaça para a paz e segurança".
Além de interferir nos conflitos da Síria e Iémen, o Irão exportou mísseis, contribuiu para a perpetração de atentados na Europa e está a conspirar para "destruir Israel", argumentou Pence.
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