“Acreditamos num país aberto ao investimento, aberto aos empreendedores e aberto às empresas. Achamos que a abertura é a chave para o crescimento e para uma sociedade cosmopolita”, declarou o governante, que falava num palco dedicado ao desenvolvimento dos negócios, no qual aproveitou para falar sobre a estratégia do Executivo.

Ainda assim, vincou que “é necessário o crescimento ser inclusivo”, rejeitando a exclusão de outros países ou comunidades que podem representar “uma oportunidade” para o desenvolvimento do país.

“Temos de olhar para o crescimento de forma global e temos de incluir todos, desde logo os países em desenvolvimento e os países africanos”, salientou Manuel Caldeira Cabral.

O responsável ressalvou, também, que “a sustentabilidade faz parte do crescimento”, razão pela qual “o crescimento que não é sustentável é falso”.

Além disso, se isso não acontecer, “vão haver muitos custos”, desde logo nas áreas da poluição e das alterações climáticas, notou.

Para Manuel Caldeira Cabral, urge um “crescimento equilibrado”, não só ao nível ambiental, mas também financeiro.

“Estamos a sair de uma crise”, lembrou.

Manuel Caldeira Cabral falou ainda no ‘Startup Visa’, um visto pelo Governo e dirigido a empreendedores que queiram abrir uma empresa inovadora.

O objetivo desta medida, que será apresentada daqui a umas horas na Web Summit e entrará em vigor em janeiro de 2018, é facilitar o visto de residência em Portugal, de forma rápida.

“Se tiverem um bom projeto e for validado, são muito bem-vindos [a Portugal] e têm residência”, disse, dirigindo-se à assistência.

A Web Summit decorre até quinta-feira, no Altice Arena (antigo Meo Arena) e na Feira Internacional de Lisboa (FIL), em Lisboa.

Segundo a organização, nesta segunda edição do evento em Portugal, participam 59.115 pessoas de 170 países, entre os quais mais de 1.200 oradores, duas mil 'startups', 1.400 investidores e 2.500 jornalistas.

A cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se em 2016 para Lisboa por três anos, com possibilidade de mais dois de permanência na capital portuguesa.