Enquanto 70 militares apoiados por duas cadelas no cio tentam localizar o pastor-belga macho na imensidão da selva do departamento de Caquetá, os seus treinadores em Bogotá esperam que o animal esteja a usar "o seu instinto de caça" para sobreviver.
"Wilson é castrado, contudo, esperamos que ele desperte os seus instintos e vá ao encontro das fêmeas", explica o general Pedro Sánchez, que comandou a operação de resgate dos menores e agora espera fazer o mesmo pelo cão.
"É um cão muito forte, muito bem formado, temos a confiança de que ainda está vivo", disse à AFP Elvis Porras, instrutor canino da Escola de Engenheiros Militares, onde Wilson foi treinado.
O militar espera que o pastor belga de seis anos esteja a "despertar seu instinto de caça para sobreviver", afinal, ele é um "descendente direto do lobo".
Outro técnica utilizada pelos militares tem sido deixar carne em sítios estratégicos, de forma a que o cão se aproxime e que se mantenha alimentado. Contudo, tem sido difícil: Wilson já foi avistado pelo menos duas vezes, mas fica sempre a cerca de 15 metros das equipas.
Antes de se perder, o cão "orientou os militares até pontos cruciais para o rastreamento e para decifrar o caminho que as crianças estavam a fazer", detalha Edgar Fontecha, outro instrutor canino da escola militar.
O Exército e familiares dos indígenas suspeitam que Wilson foi o primeiro integrante da equipa de busca a ter contacto com as crianças.
#VamosPorWilson, #FaltaUno, #WilsonHeroeNacional são algumas hashtags em espanhol que os utilizadores espalharam pelas redes sociais em clamor pelo regresso do pastor-belga.
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