Ya Ya chegou aos Estados Unidos, nomeadamente ao zoológico de Memphis, apenas com dois anos, em 2003. Agora regressou ao seus país natal, numa altura em que as relações diplomáticas entre China e EUA estarão num dos seus momentos mais tensos de sempre.
Embora os Estados Unidos tenham gasto 12 milhões de euros para receber Ya Ya, e ainda outros pandas, em Memphis, a verdade é que a China decidiu não prorrogar este 'empréstimo' de Ya Ya. Este país asiático, refira-se, tem por hábito presentear, emprestar ou ceder esta espécie, que é um dos principais símbolos da China, e são raras as vezes que os pedem de volta.
Denominada como 'diplomacia dos pandas', este tipo de cedência teve início com Mao Tse-tung (1893-1976), que começou a enviar os animais a outras nações com quem o Partido Comunista Chinês queria construir amizades estratégicas. O atual momento das relações entre os dois países, que teve o pico mais recente em fevereiro último, quando o Pentágono divulgou a descoberta de um balão chinês a sobrevoar território norte-americano, terá precipitado este regresso.
Uma reportagem da CNN terá também ajudado a esta decisão. Há poucos meses, a estação televisiva revelou imagens da panda que a mostravam bastante magra, o que levou a uma mobilização da população chinesa nas redes sociais, que criaram a hashtag Tragam a Ya Ya para casa.
Ya Ya chegou à China num avião especial, após 16 horas de voo, nesta sexta-feira, e teve uma repercussão inacreditável no seu países, com mais de 340 milhões de visualizações nas redes sociais.
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