“Serão lá [na cimeira] decididos assunto muito importantes e, por isso, a presença do nosso presidente é algo absolutamente essencial para defender os nossos interesses e apresentar propostas e argumentos claros sobre os acontecimentos que ocorrem no território do nosso país”, explicou Danilov, citado pela televisão ucraniana Suspilne.
O dirigente enfatizou que Zelensky “estará onde o país precisar dele, em qualquer parte do mundo, para resolver os problemas de estabilidade”, avançou a televisão pública britânica BBC.
“Quem duvidaria que o nosso presidente estaria presente [na cimeira do G7]?”, perguntou Danilov.
Zelensky deverá primeiro participar por videoconferência numa reunião, hoje, onde irá atualizar os líderes do G7 sobre as condições do campo de batalha e encoraja-los a intensificar os esforços para restringir o esforço de guerra de Moscovo.
Fontes do governo japonês disseram à agência de notícias EFE que Zelensky deverá chegar ao Japão no sábado, para participar, no domingo, numa sessão dedicada à guerra na Ucrânia.
O chefe de Estado ucraniano deverá ainda ter encontros bilaterais com o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.
A confirmar-se, será a visita de Zelensky à Ásia desde o início da invasão russa.
Os dirigentes do G7 fizeram hoje uma visita histórica ao Museu e ao Parque da Paz de Hiroshima, a primeira cidade a ser atacada com uma bomba atómica, num gesto que visa enviar uma mensagem contra o uso de armas nuclear, perante a retórica de Moscovo após a invasão da Ucrânia.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, foi convidado para a cimeira de Hiroshima juntamente com os líderes de outras grandes economias em desenvolvimento.
Os países do G7, grupo formado pelo Reino Unido, França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Canadá e Itália — a UE também tem representação no grupo — impuseram sanções sem precedentes à Rússia no ano passado.
Os Estados Unidos, a União Europeia e o Reino Unido anunciaram já hoje novas sanções contra a Rússia.
Washington irá impor mais de 300 novas sanções contra “indivíduos, organizações, navios e aviões” em toda a Europa, Médio Oriente e Ásia, para impedir que “aproximadamente 70 entidades na Rússia e em outros países recebam mercadorias exportadas dos EUA, adicionando-as à lista negra do Departamento de Comércio”.
A União Europeia vai “limitar o comércio de diamantes russos” como parte das sanções contra Moscovo na sequência da invasão da Ucrânia, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
Horas antes, também o Reino Unido tinha divulgado novas medidas visando o setor de mineração da Rússia, incluindo o comércio de diamantes, cobre, alumínio e níquel.
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