Depois da nomeação do novo ministro da Defesa, Zelensky demitiu esta segunda-feira seis vice-ministros da Defesa, avança o The Kyiv Independent.
A demissão alcançou também a, agora, ex vice-ministra Hanna Maliar que ainda este fim-de-semana estava na frente e hoje havia já noticiado os avanços em Bahkmut.
A juntar-se à demissão de Hanna Maliar, encontram-se na lista Volodymyr Havrylov, Rostyslav Zamlynskyi, Denys Sharapov, Andrii Shevchenko e Vitalii Deineha, de acordo com a conta pessoal na rede social Telegram de Taras Melnychuk, representante permanente do Gabinete de Ministros ucraniano.
Melnychuk não deu qualquer explicação sobre as exonerações, mas o governo tem estado a investigar acusações de corrupção nas forças armadas relacionadas com a aquisição de equipament
No início do mês, Zelensky justificava a mudança de Ministro explicando que “decidi substituir o ministro da Defesa da Ucrânia”, no seu discurso diário, no qual justificou que “Reznikov viveu mais de 550 dias de guerra” e que o Ministério da Defesa “precisa de novas abordagens e novas formas de interagir com o Exército, bem como com a sociedade civil em geral".
Agora, prosseguiu o Presidente ucraniano, Rustem Umerov “deverá liderar o Ministério da Defesa”, referindo que a Rada (parlamento) da Ucrânia conhece bem esta pessoa e o senhor Umerov não precisa de apresentações adicionais".
Rustem Umerov, o legislador tártaro da Crimeia que assumiu o cargo de ministro da Defesa, ainda não comentou a situação.
Oleksi Reznikov foi afastado no início deste mês após um escândalo que envolveu a aquisição de fardas militares pelo Ministério da Defesa a um preço três vezes superior ao seu custo. Reznikov negou as acusações, mas demitiu-se.
A remodelação no Ministério da Defesa ocorreu um dia depois de as forças armadas ucranianas terem afirmado que capturaram a aldeia de Klishchiivka às tropas russas, após meses de fortes combates, que continuaram hoje, com as tropas de Kiev a tentar manter uma aldeia a sul da cidade russa de Bakhmut, na região oriental de Donetsk.
A reconquista seguiu-se à retomada da aldeia vizinha de Andriivka.
"O inimigo está a tentar com todas as suas forças recuperar as posições perdidas. Por isso, os nossos combatentes estão a conter os ataques do inimigo e estão entrincheirados nas fronteiras conquistadas", indicaram fontes das forças armadas ucranianas.
A reconquista de Klishchiivka é considerada importante do ponto de vista tático, permitindo às forças ucranianas alargar os seus ganhos em torno de Bakhmut.
Noutros combates, seis civis foram mortos e 16 ficaram feridos nas últimas 24 horas, informou o gabinete presidencial.
Os russos atacaram áreas residenciais em oito cidades e aldeias na região de Donetsk, incluindo Avdiivka e Kurdiumivka, matando um e ferindo quatro, disse.
Cinco ataques de artilharia em Kherson mataram uma pessoa e feriram outra. Na cidade vizinha de Beryslav, os russos lançaram explosivos a partir de um 'drone' (aparelho voador não tripulado) perto da estação de autocarros local, ferindo quatro pessoas, informou o gabinete presidencial.
A força aérea ucraniana afirmou ter intercetado todos os 17 mísseis de cruzeiro lançados pela Rússia e 18 dos 24 'drones' Shaded nas regiões meridionais de Mykolaiv e Odessa na madrugada de segunda-feira.
Oleh Kiper, governador regional de Odessa, disse que uma instalação recreativa na cidade de Vylkovo foi danificada no ataque, mas não houve registo de vítimas.
Vylkovo, muitas vezes referida como a "Veneza ucraniana" devido aos seus numerosos canais, está situada no delta do Danúbio, na fronteira com a Roménia.
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