“Esta ajuda vai reforçar a Ucrânia e enviar ao Kremlin um sinal forte de que não se trata de um segundo Afeganistão”, um país devastado por décadas de conflito, disse Zelensky numa entrevista ao programa “Meet the press”.
“Os Estados Unidos vão ficar ao lado da Ucrânia, vão proteger os ucranianos e a democracia no mundo”, acrescentou.
Após longas e difíceis negociações, a Câmara dos Representantes aprovou no sábado um pacote de ajuda à Ucrânia, no valor de 61 mil milhões de dólares (57 mil milhões de euros), que recebeu apoio de parlamentares republicanos e democratas.
O pacote de ajuda esteve bloqueado durante vários meses, devido essencialmente à oposição de um grupo de congressistas republicanos, o que se refletiu na escassez de equipamento militar para as tropas ucranianas enfrentarem as forças russas, mais numerosas e com melhor armamento.
A ajuda, que Zelensky reclamava há meses, foi saudada por Kiev logo após a votação, com o presidente ucraniano a dizer que permitiria salvar “milhares de vidas”.
Nas declarações que fez hoje, Zelensky disse que parte das tropas ucranianas estão “exaustas” e precisam de ser substituídas”.
“Mas estes novos soldados devem ter equipamento”, acrescentou, pedindo rapidez na aprovação final do pacote, que tem agora de ser analisado no Senado, um processo que deve começar na terça-feira, seguindo depois para ser assinado pelo Presidente norte-americano, Joe Biden.
O exército soviético invadiu o Afeganistão em 1979 e viria a retirar-se em 1989, após mais de nove anos de um conflito bastante sangrento.
Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos lançaram uma intervenção militar em território afegão e a retirada das forças norte-americanas só teve lugar em agosto de 2021, quase 20 anos depois.
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