Zelensky, que participou nesta reunião por videoconferência, sublinhou que “o destino do mundo” está em jogo na guerra na Ucrânia e “tudo depende da rapidez” da ação de Kiev e dos seus aliados.
O líder ucraniano admitiu que a Rússia conseguiu “tomar a iniciativa” no campo de batalha durante os meses que o Congresso dos Estados Unidos demorou para aprovar o último pacote de ajuda, mas vê espaço, não apenas para estabilizar a frente de combate, mas também para as forças da Ucrânia reconquistarem terreno.
Para tal, pediu mais equipamentos de artilharia e mísseis de longo alcance, para que “nenhuma parte do território ocupado da Ucrânia seja segura para ocupação”, bem como acelerar a entrega de aviões de combate como os norte-americanos F-16.
Zelensky disse que também espera receber mais sistemas de defesa antiaérea, justificando que a Rússia lançou mais de 9.000 projéteis guiados só neste ano.
“São necessários pelo menos sete Patriots para que as nossas cidades estejam seguras. Vocês têm estes sistemas e eles podem realmente mudar a situação”, frisou, sem lançar este pedido a nenhum país específico.
Esta semana, os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da União Europeia discutiram a possível transferência destes sistemas, embora não haja nenhum acordo fechado.
Por seu lado, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, assumiu em nome de todos os aliados o “sentido de urgência” a que apela Zelensky, destacando o pacote de ajuda aprovado na terça-feira pelo Congresso norte-americano após meses de divisões na Câmara dos Representantes.
Austin anunciou um novo lote de equipamentos avaliados em mil milhões de dólares (936 milhões de euros) e que inclui munições para os sistemas de defesa HIMARS.
O Presidente russo, Vladimir Putin, “pensou que iria dobrar a Ucrânia” e que “os ucranianos não lutariam pela sua democracia”, mas “estava errado”, segundo o chefe do Pentágono, que lembrou que os países aliados de Kiev forneceram mais de 800 tanques, acima de 70 sistemas de defesa antiaérea de médio e longo alcance nos últimos dois anos e dezenas de milhares de mísseis antitanque, entre outras armas.
Os F-16 também “começarão a chegar” este ano, segundo Austin, que avaliou parte dos compromissos dos países europeus como a doação de um sistema Patriot adicional pela Alemanha ou a “iniciativa extraordinária” liderada pela República Checa para fortalecer o envio de munições de artilharia.
“Tudo isto demonstra o nosso compromisso comum com o sucesso da Ucrânia no campo de batalha”, mas “não se deve considerar nada garantido”, alertou.
Neste sentido, o secretário de Defesa norte-americano destacou que a Rússia continua a lançar ataques “cada vez mais ferozes” contra infraestruturas críticas e alvos civis, o que obriga a novos compromissos com Kiev.
A atual “grande prioridade”, assinalou, é dotar a Ucrânia de mais sistemas com os quais possa repelir ataques.
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