"Zelensky vai tornar o tema inadiável. E, logo no dia seguinte, haverá o chamado Conselho de Segurança aberto, em que eu também vou participar com uma intervenção para discutir só a Ucrânia", declarou o Presidente da República aos jornalistas, em Toronto.

Marcelo Rebelo de Sousa, que está a terminar uma visita oficial ao Canadá e viajará hoje ao fim do dia para Nova Iorque, realçou a importância de Zelensky "aparecer ao vivo, para defender a sua posição", e referiu que, quando esteve em Kiev, em agosto, os dois falaram sobre esta 78.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Segundo o chefe de Estado, havia o risco de esta sessão ser "sobretudo dominada por temas muito importantes como o clima, a biodiversidade, os oceanos, o ambiente em geral – porque há muitas cimeiras sobre esses temas" à margem da Assembleia Geral -, "e de repente fazia-se de conta que não havia guerra na Ucrânia ou isso passava para segundo plano".

"Não vai ser assim", defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, que prometeu colocar um "acento tónico muito forte" na invasão da Ucrânia pela Rússia e suas consequências globais quando discursar no debate geral desta 78.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.

O chefe de Estado referiu que será o oitavo a intervir no primeiro dia do debate geral entre chefes de Estado e de Governo dos 193 países membros das Nações Unidas, depois do Presidente turco, e que "o Presidente Zelensky falará em 12.º - tudo na terça-feira de manhã".

Interrogado se terá um encontro com o Presidente da Ucrânia à margem desta 78.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, o chefe de Estado respondeu "vai ser muito difícil" porque Zelensky "vai estar muito pouco tempo e não vai fazer muitas bilaterais".

"Há a Assembleia Geral, há uma espécie de Conselho de Segurança aberto em que a Ucrânia é o tema. Portanto, eu diria que Zelensky ficará certamente no primeiro dia e para o segundo dia", acrescentou.