No decurso da sua intervenção no fórum internacional anual na Yalta European Strategy (YES), que decorreu em Kiev, Zelensky disse que “o período invernal pode ser um ponto de inflexão na libertação dos territórios ucranianos ocupados pela Rússia”.

“Para isso o nosso exército necessita de um fornecimento sistemático dos tipos de armas necessários”, disse, segundo indicou a página digital da presidência.

“Julgo que este inverno é um ponto de inflexão e pode implicar uma rápida desocupação da Ucrânia. Vemos como [as forças russas] estão a fugir em algumas direções. Se formos um pouco mais fortes com as armas, poderemos desocupar mais rapidamente”, disse.

Zelensky sublinhou ainda que o exército ucraniano continua preparado para avançar no terreno e “defender a [sua] terra”.

A ofensiva lançada em 24 de fevereiro na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.