A reunião, prevista para as 15:00 locais (13:00 em Lisboa), decorrerá em Gaborone, capital do Botsuana, estando prevista a participação dos chefes da diplomacia de Angola, África do Sul, Tanzânia e Zâmbia e do presidente do Conselho da SADC.
Na quarta-feira, num comunicado em que manifestou “preocupação”, Zuma instou o Governo zimbabueano e as forças armadas a resolverem o “impasse político de forma amistosa”, salvaguardando a necessidade de se manter a legalidade constitucional, uma vez que o contrário viola as posições tanto da SADC como da União Africana (UA).
Até agora, ninguém utilizou a frase “golpe de Estado” para definir uma crise iniciada com a tomada das ruas da capital, Harare, pelas forças armadas, que mantêm o Presidente, Robert Mugabe, e a mulher, Grace, em regime de prisão domiciliária, além de terem detido vários ministros.
Um porta-voz das Forças Armadas negou tratar-se de um golpe de Estado militar, limitando-se a indicar que a operação visa deter “criminosos” ligados a Mugabe.
Segundo os meios de comunicação social locais, os militares prenderam pelo menos três ministros com ligações às aspirações políticas da “primeira-dama”, Grace Mugabe, que pretende candidatar-se à vice-presidência, após o marido, Robert Mugabe, ter destituído desse cargo Emmerson Mnangagwa.
A crise foi desencadeada precisamente pela exoneração do vice-presidente, tido como um incondicional do partido no poder (ZANU-PF) e veterano de guerra, previsível sucessor de Mugabe, atualmente com 93 anos e no poder desde que o país acedeu à independência, em 1980.
Informações oficiosas provenientes da vizinha África do Sul dão conta de que Mnangagwa está a negociar com a oposição zimbabueana e com os veteranos de guerra um governo de transição até às eleições de 2018, o que confirmará a teoria de que está em curso um golpe de Estado no Zimbabué.
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