“O juiz demonstrou que para ele todos são iguais perante a lei, sejam famosos futebolistas, atores, funcionários ou cidadãos comuns. É assim que deve ser”, congratulou-se o chefe do conselho de direitos humanos do Kremlin, Mijaíl Fedótov.
O juiz satisfez assim as pretensões do ministério público, considerando provada a culpabilidade dos atletas, que estão em prisão preventiva há quase sete meses.
Kokorin, do Zenit, vai ter de cumprir ainda sete meses e meio de prisão, enquanto Mamáev, do Krasnodar, seis e meio, uma vez que foi condenado a menos um mês do que o seu companheiro.
De acordo com a recente prática penal na Rússia, cada dia de prisão preventiva conta como dia e meio, pelo que ambos podem sair em liberdade em cerca de três meses.
Kokorin e Mamáev foram condenados por agredir dois funcionários públicos num café e, em plena rua, o motorista de uma apresentadora de televisão pública russa.
Os advogados de defesa alegaram que os arguidos apenas responderam violentamente aos supostos insultos e provocações dos agredidos.
O treinador de equipas jovens Alexandr Protasovitski foi condenado a 17 meses e o irmão mais novo de Kokorin, Kiril, foi absolvido, embora tenha de cumprir 11 meses de serviço comunitário.
O médio Pavel Mamaev e o avançado Alexander Kokorin são dois dos mais reconhecidos futebolistas da Rússia, apesar de não terem jogado no Mundial2018, que o país organizou.
Mamaev conta 15 chamadas à seleção entre 2010 e 2016, mas foi expulso, após serem divulgadas imagens suas e de Alexander Kokorin a festejar num bar do Mónaco, após a eliminação do Europeu2016, em França, que provocaram a indignação pública na Rússia.
Ambos estão detidos na cadeia de Butyrka que foi construída no século XXVIII sob ordem dos czares russos, que a usaram para deter rebeldes cossacos e supostos revolucionários socialistas. Na era soviética, a prisão albergou alguns dos mais renomados dissidentes.
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