O técnico falou ao jornalista em Alcochete, para ‘lançar’ a partida da 11.ª jornada da I Liga, frente ao Arouca, mas acabou por dedicar uma parte da conferência de imprensa a escalpelizar o rendimento dos “miúdos”, que foram prejudicados pelo facto de o Sporting “não ter bola”.

“Não foi culpa dos miúdos. Foi talvez de batermos muitas bolas, também nos pontapés de baliza, e foi uma coisa mais global do que individual”, observou Amorim, após analisar, sobretudo, as prestações de Nazinho, Mateus Fernandes, Arthur Gomes e Fatawu.

Segundo a análise do técnico, que não se mostrou arrependido das opções, porque lançar jovens em momentos decisivos também “faz parte do projeto”, a equipa ‘leonina’ já estava “com muitas dificuldades quando eles entraram”.

“Posso dizer que o Nazinho sentiu um bocadinho o jogo, o Mateus [Fernandes] também, porque era a estreia [na Liga dos Campeões]. O Arthur, não senti nada. O Fatawu com as dificuldades táticas que ele tem. Mas a equipa do Tottenham empurrou-nos e não ajudou nada não ter a bola”, frisou.

Nesse sentido, Amorim preferiu “olhar para o lado positivo”, destacou que Mateus Fernandes “foi à luta” e “foi desinibido”, que Arthur “fez o passe para o Nazinho” na primeira oportunidade desperdiçada pelo lateral esquerdo e “combinou com Porro no lance da segunda”.

Destacou ainda que Fatawu era “o jogador mais explosivo” que tinha à disposição numa altura em que “a equipa estava com muita dificuldade em sair” da sua zona defensiva e “é o melhor de cabeça, apesar das dificuldades táticas” que apresenta.

“Não metemos os miúdos por meter. Tudo tem uma explicação e calha aos miúdos [entrar em jogos difíceis] porque faz parte do nosso projeto”, vincou Ruben Amorim.

O treinador analisou a prestação dos jovens jogadores na véspera de o Sporting visitar o Arouca, em jogo da 11.ª jornada da I Liga de futebol, que se disputa apenas três dias após o empate (1-1) frente ao Tottenham e três dias antes do encontro com o Eintracht Frankfurt, decisivo para um eventual apuramento para os oitavos de final da ‘Champions’.

Em Londres, o técnico lançou os quatro jovens (Nazinho, Arthur Gomes, Mateus Fernandes e Fatawu) durante a segunda parte, numa altura em que o Sporting procurava segurar uma vantagem de 1-0, mas acabou por consentir o empate e ser ‘salvo’ de uma derrota pelo videoárbitro, que anulou o segundo golo dos ingleses no último lance do encontro.