“Made it to Portugal!!”. A personagem principal da fotografia é Anastasia Ashley, surfista profissional e modelo. A paisagem secundária que se vê é a praia da Pedra Branca, na Ericeira. A passagem por Portugal, a propósito da Surf Summit (que antecedeu a Web Summit, que arranca hoje em Lisboa), colocou ambas debaixo do radar das redes sociais. E por inerência, nos olhares do mundo.

A fotografia foi colocada no Facebook onde a surfista nascida na Califórnia tem 2 milhões de amigos. Acresce mais 1,1 milhão no Instagram e uns modestos 138 mil seguidores no Twitter. Há milhares e milhares de likes e comentários espalhados pelas três redes sociais com as ondas de Pedra Branca como pano de fundo.  

Poucas campanhas publicitárias teriam tamanho efeito de difusão da imagem de Portugal. Por isso, o Governo português agradece a promoção, assim como o Turismo de Portugal, a vila da Ericeira e a Câmara Municipal de Mafra. E as marcas que patrocinam a surfista que gere sozinha a sua rede social também. É que por onde ela passa, comunica com quem a segue.

“Faço-o de forma massiva. Falo para todos e com todos, tipo, Hi, this is Portugal...”. E é na cama, quando acorda, que organiza o seu dia. “Faço a gestão das minhas redes sociais, respondo a e-mails e vejo se há ondas, se vou para a água ou faço ginástica. Vejo os compromissos com as marcas, com os media, tudo”, resume Anastasia Ashley que se orgulha de “trabalhar com vista para o mar, em qualquer lugar, desde que tenha telemóvel”.    

A promoção do país através da partilha na internet é igualmente a receita dada por Garrett McNamara, surfista americano de 49 anos que popularizou a onda da Nazaré. “Não é necessário gastar um cêntimo”, diz.

Não se gasta e os negócios à volta do surf geram muito. “Quando ajudei a promover o país tinha como destinatários todos aqueles que poderiam vir cá gastar em hotéis, restaurantes e tudo o mais. Ou seja, trazer mais dinheiro que depois gerasse criação de emprego e de novos negócios. Não queria cá surfistas, com esses não queria partilhar nada”, sorri.

Vestido com uma camisola verde com a palavra Portugal inscrita na parte da frente, Garrett elogia a obra pública na construção de infraestruturas. “As estradas construídas foram a decisão mais acertada. Desde que a onda da Nazaré despertou o interesse por Portugal, quem vem de avião de Lisboa ou do Porto beneficia em muito com estas estradas. Foram construídas muito antes do tempo. E ainda bem”, conclui o surfista, que, acompanhado da mulher Nicole, marcou presença juntamente com Anastacia, Hugo Vau, Tiago Pires e Andrew Cotton na Surf Summit.

O surf entre o desporto, turismo e indústria  

“11 indústrias ligadas ao surf. Onze shapers. Marcas de multinacionais como a Quicksilver e a Billabong. A empresa Despomar com 400 postos trabalho, 3.000 postos de trabalho diretos e indiretos ligados ao surf, 22 escolas de surf e 63 empresas turismo outdoor ligadas ao mar e à terra”. Este é o panorama do surf na Ericeira descrito pelo presidente da Câmara Municipal de Mafra, Hélder Silva.

“Onde acaba o turismo, começa o desporto e a indústria...há uma transversalidade de todas as matérias”, reconhece o autarca que quer consolidar a “imagem de Mafra e da Ericeira como uma surf city [cidade do surf]”. E que a passagem de Anastacia ajudou.

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