Na capital, centenas de milhares de eufóricos adeptos viram o jogo e festejam no fim concentrados em torno do icónico obelisco, num mar azul e branco de alegria contagiante, regularmente acompanhado de lágrimas e abraços.

Difícil encontrar um argentino que não traje a camisola da sua seleção, campeã em 1978 na Argentina, 1986 no México e agora em 2022 no Qatar, com Messi inscrito em boa parte das camisolas, muitas dos quais também com o nome do ‘imortal’ Maradona, obreiro do êxito na América do Norte.

Homens e mulheres, jovens e adultos, todos ostentam as cores do país sul-americano, vestindo uma fé inabalável no êxito, mesmo quando este esteve ameaçado.

A vencer por 2-0, com golos de Messi, aos 23 de penálti, e Di Maria, aos 36, a Argentina ‘permitiu’ o empate, por Kylian Mbappé aos 80, de penálti, e 81: no prolongamento, o gaulês respondeu aos 118 minutos, com novo penálti, a outro golo de Messi, aos 108, obrigando aos penáltis onde se impuseram os sul-americanos, por 4-2.

“Somos campeões do Mundo”, intitula o jornal ‘Olé’, acrescentando que a “Argentina vence a França nos penáltis e a taça é levantada por Messi, o melhor do torneio”, antes de recordar, num outro artigo, “todos heróis de uma equipa que jamais esqueceremos”.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, que não se deslocou ao Qatar por “superstição”, para “não dar azar”, agradeceu à equipa por ser “um exemplo de que não devemos baixar os braços”, considerando que a nação tem “um grande futuro”.

“Como milhares de compatriotas, vi o jogo em casa. Viverei este momento fantástico como até agora, com a minha gente”, escreveu no Twitter, exibindo uma foto com a sua melhor e filho diante da televisão, com um plano da seleção a abraçar-se em campo no final do encontro.

O êxito dos ‘albi-celestes’ foi celebrado em muitas latitudes do planeta, incluindo no habitualmente eterno rival Brasil, no qual o presidente eleito Lula se revelou “feliz com a vitória dos vizinhos argentinos”, destacando o “grande jogo de Messi, que muito merecia, e Di Maria”.

Em Nápoles, Itália, onde Diego Armando Maradona é idolatrado, muitos transalpinos saíram à rua para celebrar o êxito da Argentina, com o entusiasmo de um nativo.

Até em Paris, em casa do rival de hoje, perto do Rio Sena, com centenas de argentinos a lotarem o restaurante típico do seu país que Messi costuma frequentar, saindo posteriormente à rua para celebrar e entoar o nome do seu herói, atual jogador do Paris Saint-Germain.

A Argentina vive uma intensa crise económica e social, mas no último mês todos se uniram em torno da sua seleção, na esperança de que Messi, finalista vencido no Brasil2014, por 1-0 com a Alemanha, no prolongamento, também pudesse dar a alegria de uma vida à sua nação.

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