“Viver um jogo de longe custa muito mais, mas ver erros grosseiros de jogadores internacionais e experientes ainda acrescenta mais ao sofrimento”, escreveu na rede social Facebook o presidente do Sporting, que não se deslocou a Madrid com a equipa por causa do nascimento iminente da filha.
No texto, Bruno de Carvalho separa o que queria ter visto no estádio do Atlético Madrid, que era “uma equipa concentrada, com atitude e compromisso, defensivamente irrepreensível e com faro de golo, uma equipa de 11 a superarem-se e a tornarem-se 22″, daquilo que viu na realidade.
Do que viu, começa por elogiar a atitude da equipa no seu todo, mas critica uma defesa que “não esteve concentrada” e dois centrais que “fizeram o que os avançados do Atlético Madrid não conseguiram, um resultado de 2-0 a surgir sem nada terem feito para isso, a não ser (e não é pouco) marcarem”.
Bruno de Carvalho também viu Gelson, aos 32 minutos, isolado frente a Oblak a tentar “colocar em jeito, mas sem força, para o lado direito em vez de ‘fuzilar’ para a esquerda, perdendo um golo que já quase se gritava”.
“De 11, em vez de 22, como queria, fomos 9, muitas vezes, e isso paga-se caro…”, escreveu o presidente ‘leonino’, para quem Fábio Coentrão e Bas Dost “não quiseram jogar” na segunda mão, com faltas para amarelo que “nunca poderiam ter feito”.
Bruno de Carvalho destacou ainda as falhas na concretização de Coates, “isolado e desconcentrado, a fazer um passe para Oblak [guarda-redes dos ‘colchoneros’] em vez de rematar”, e de Montero, que falhou “um golo feito”, aos 90+2 minutos, ao “rematar para o céu quando só se pedia um simples encosto”.
“O Sporting demonstrou que tem equipa para fazer mais, mas não o fez, e agora, em vez de podermos resolver mais fácil em Alvalade, resta-nos sonhar com a reviravolta. É possível? É! Era necessário este resultado de hoje? Não!”, escreveu.
Bruno de Carvalho criticou ainda o árbitro russo Sergei Karasev que há quatro anos prejudicou o Sporting frente ao Schalke 04, em jogo da Liga dos Campeões Europeus, a considerar que “as mãos e a cara continuam a confundir os russos”, numa alusão a um penálti que assinalou contra os ‘leões’ em Gelsenkirchen por uma bola que bateu na cara do lateral esquerdo argentino Jonathan Silva.
O lidero ‘leonino’ falou ainda de “critérios disciplinares diferentes” do juiz russo, dando o exemplo de uma falta pelas costas de um jogador do Atlético Madrid aos 87 minutos que devia ter dado cartão amarelo.
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