“Não foi nada fácil. Estou muito longe do primeiro tempo, vai ser prova a prova. Hoje havia vento muito forte, as dificuldades foram muitas. A pista estava mais lenta do que temos apanhado nos treinos”, referiu o atleta, campeão europeu e vice-campeão mundial.
No Sea Forest Waterway, Norberto Mourão venceu a série ao cronometrar 57,831 segundos, e garantiu acesso direto à final, para a qual parte com o quarto melhor tempo, a mais de dois segundos do brasileiro Paulo Rufino (55,258), o mais rápido da qualificação.
Norberto Mourão, que perdeu as duas pernas num acidente de viação, admite que o facto de ter conseguido o apuramento direto, evitando a disputa das meias-finais, pode “jogar” a seu favor.
“A maioria dos atletas, à exceção do brasileiro que ganhou a outra eliminatória, terá de passar por um ‘estoiro’ destes uma hora antes da final, acaba por me dar algum fôlego”, disse o canoísta, que há cinco anos falhou por segundos a qualificação para os Jogos Rio2016.
Alex Santos assegurou presença nas meias-finais dos 200 metros KL1, com a marca de 54,863 segundos, a sexta melhor do conjunto das duas eliminatórias, a quase sete segundos do húngaro Peter Kiss (48,058), que foi o mais rápido, e garante que o seu objetivo é “chegar à final”.
“Isto foi uma fase inicial, agora é eliminatória, todos os atletas estiveram a controlar-se porque o que conta é a meia-final”, disse, acrescentando: “Subi forte no início e depois abrandei um bocado e mantive a velocidade, penso que todos fizeram a mesma coisa, à exceção do húngaro, que está noutro patamar”, afirmou o atleta, nascido no Brasil.
Alex Santos, que tem como recorde pessoal 52,439, manifestou o desejo de que as condições melhorem na sexta-feira, dia em que se disputam as ‘meias’ e a final.
*Por Alexandra Oliveira, enviada da agência Lusa
Comentários