“Na próxima quinta-feira, num jantar marcado para um restaurante em Moscavide, cuja sala já está lotada, direi se me recandidato à presidência do Sporting ou se irei intervir ativamente durante a campanha eleitoral no âmbito do movimento eleitoral que lidero”, disse Carlos Severino à agência Lusa.

Segundo este, o movimento eleitoral denominado “Sporting Campeão” foi criado por pressão dos sócios que integrarem a lista de Carlos Severino nas anteriores eleições e que lhe solicitarem que o liderasse, repto que aceitou por não estar de acordo com a forma como Bruno de Carvalho tem gerido o clube.

Severino confessou a sua deceção com a gestão do atual presidente, cuja eleição ajudou a concretizar: “No último debate televisivo cedi praticamente os meus votos a Bruno de Carvalho, ao apelar aos sócios que lhe dessem o benefício da dúvida, e pela forma como ataquei o outro candidato, José Couceiro”.

“Tinha grandes expetativas de que o Sporting iria mudar com Bruno de Carvalho e fiquei muito agradado durante a primeira fase do seu mandato, mas nestes últimos dois anos tem sido uma desilusão total”, disse Carlos Severino, para quem o clube voltou a ser “gerido à moda dos presidentes que antecederam Bruno de Carvalho e que este tanto criticava”.

Carlos Severino invoca os milhões esbanjados em jogadores sem qualidade, o desaproveitamento dos jovens provenientes da formação em detrimento daqueles, as comissões que se recebem aqui e acolá, o empurrar da dívida para 2026 através das VMOC (valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis), que passaram de 135 para 190 milhões de euros, para criticar o projeto de Bruno de Carvalho, o qual considera “adulterado” em face do que prometeu durante a campanha eleitoral.

Bruno de Carvalho e o empresário Pedro Madeira Rodrigues são, para já, os candidatos assumidos à presidência do Sporting.