Daniela Campos cortou a meta na 103.ª posição, a 13.21 minutos da nova dona do arco-íris, que pôs fim ao ‘reinado’ das holandesas nesta prova, ao bater ao ‘sprint’ a favorita Marianne Vos, com ambas a concluírem os 157,7 quilómetros entre as cidades flamengas de Antuérpia e Lovaina, em 03:52.27 horas.
A polaca Katarzyna Niewadoma conquistou o bronze, chegando a um segundo de Elisa Balsamo, que deu à Itália um título mundial que lhe escapava desde o ‘bis’ de Giorgia Bronzini em 2011 e interrompeu uma série de quatro arco-íris consecutivos da poderosa seleção holandesa.
As duas ciclistas portuguesas, ainda sub-23, fizeram a prova no grupo principal durante o percurso em linha de Antuérpia até Lovaina, no circuito urbano e em parte do circuito exterior à cidade, onde estavam colocados os obstáculos mais exigentes, seis ‘muros’, dois dos quais em paralelo, onde Maria Martins seria a primeira a ceder.
“Estava a fazer uma boa corrida, sempre bem colocada, mas, a dada a altura, fiquei mesmo vazia. Não tinha força”, explicou, em declarações à Federação Portuguesa de Ciclismo, a corredora olímpica de pista, que viria a ser mandada parar, já depois do regresso ao circuito de Lovaina.
Daniela Campos conseguiu resistir mais, perdendo o contacto com o grupo apenas na última subida do circuito da Flandres, altura em que o seu objetivo passou a ser evitar a eliminação.
“Estou feliz por ter terminado o meu primeiro Mundial de elite. É o início de um caminho. Estou contente por ter ultrapassado as partes mais duras do percurso e por ter chegado ao fim numa corrida muito dura, uma das mais difíceis que já disputei, mas perante um público extraordinário. O apoio aqui na Bélgica é incrível, dá um extra de força para continuarmos”, evidenciou Daniela Campos.
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