A inquirição desenvolvida ao longo de quatro anos, que gerou um relatório de 707 páginas, foi promovida a pedido da própria FA, em dezembro de 2016, para saber mais detalhes sobre as denúncias de abusos de jovens por parte de treinadores.

No total, 62 pessoas implicadas nos abusos, assim como outras 157 testemunhas, participaram da investigação para tentar obter um vislumbre de como a FA e os clubes aceitaram as denúncias de assédio.

De acordo com o relatório apresentado, não há provas de que a FA sabia que havia um problema sério com abuso infantil antes de 1995, mas observa que esta instituição “não fez o suficiente para manter as crianças seguras” entre 1995 e 2000.

“A FA agiu muito lentamente para introduzir medidas que garantissem a segurança das crianças. Houve falhas institucionais para as quais não há desculpas”, lê-se ainda no relatório.

Um dos casos mais notório foi o de Barry Bennell, condenado a 30 anos de prisão por mais de 50 delitos sexuais infantis, que foi treinador de jovens do Crewe Alexandra e do Manchester City durante os anos 80 e 90 e que foi várias vezes denunciado por abusos.

Falhas na proteção dos jovens face a predadores sexuais foram identificadas em clubes como Chelsea, Aston Villa, Stoke City, Peterborough e Southampton, nos quais havia rumores de abuso sexual ou reclamações, perante os quais os clubes não agiram de forma adequada.

As iniciativas propostas pela pesquisa incluem, entre outros, a revisão anual de medidas destinadas a garantir a segurança das crianças, a contratação de pessoas para investigar essas atividades em tempo integral em clubes de futebol profissional e a criação de um dia nacional contra o abuso infantil.

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