“É a nossa convicção. Normalmente, acabamos a época de forma muito forte. Fizemos a melhor segunda volta de sempre do clube na temporada anterior, mas isso não chegou para ser campeão nacional. Não podemos esquecer que temos terminado sempre o campeonato acima dos 80 pontos nestes anos todos. Isso reflete a competitividade que existe na luta pelo título. A nossa evolução tem sido bem evidente. Esperamos acabar em alta para ir à procura das provas que ainda poderemos ganhar”, avaliou, em conferência de imprensa.
A temporada ‘azul e branca’ ficou limitada ao campeonato e à Taça de Portugal na terça-feira, após os ‘dragões’ terem sido eliminados dos ‘oitavos’ da ‘Champions’ pelo Arsenal, atual líder da Liga inglesa, numa eliminatória sentenciada com recurso ao desempate por grandes penalidades (4-2, após derrota por 1-0 no final do prolongamento), em Londres.
“Temos o sentimento de alguma injustiça perante uma equipa que teoricamente era mais forte a nível individual. Ninguém apostava em duas prestações fantásticas como aquelas que tivemos, mas o futebol é um recomeçar constante e isso já passou. Temos de olhar para o que falta: nove jogos na I Liga e dois – que esperemos que venham a ser três – na Taça de Portugal. É encarar cada jogo como se fosse o último”, frisou Sérgio Conceição.
O técnico mostrou mais incómodo com algumas partidas em que a equipa “podia ter feito mais” do que com os riscos de o FC Porto falhar o acesso à próxima edição da Liga dos Campeões, numa altura em que ocupa a terceira posição, a sete pontos do líder isolado Sporting, que tem menos uma partida, e a seis do campeão nacional Benfica, segundo colocado.
“O mais difícil para um treinador é trabalhar o plano mental desta nova geração, de modo que os atletas percebam que cada dia é muito importante para evoluírem e alimentarem essa mesma competitividade. Essas eram as coisas boas que a geração de há uns anos tinha. Uma mera peladinha jogava-se no limite e para ganhar. Importa juntar essa atitude competitiva à qualidade e ao talento que existe hoje. A equipa tem atingido um patamar muito positivo de há um tempo para cá, mas claro que nem sempre é perfeita”, advogou.
Dois dias depois da eliminação do FC Porto da Liga dos Campeões, o Sporting despediu-se da Liga Europa, ao ‘cair’ face aos italianos da Atalanta nos ‘oitavos’ da Liga Europa, fase na qual o Benfica bateu os escoceses do Rangers e passou a ser o único clube luso presente nas competições da UEFA, encarando os franceses do Marselha nos ‘quartos’.
“Para bem do ranking [de Portugal] na UEFA, sempre disse que seria bom que as provas europeias terminassem o mais tarde possível para as equipas nacionais. Infelizmente, só temos uma [em prova]. O FC Porto tem sido o clube que mais contribuiu para o ranking e esperamos que as equipas portuguesas tenham sucesso no plano europeu. Neste caso, temos o Benfica e queria dar os parabéns pela passagem”, comentou Sérgio Conceição.
O médio argentino Alan Varela, que acusou fadiga muscular na partida frente ao Arsenal, trabalhou no ginásio pelo segundo dia consecutivo e continua em dúvida para o próximo encontro, ao acompanhar Gonçalo Ribeiro, Iván Marcano e Zaidu no lote de lesionados.
O FC Porto, terceiro classificado, com 55 pontos, recebe o Vizela, 17.º e penúltimo, com 21, no sábado, a partir das 20:30, no Estádio do Dragão, no Porto, em encontro da 26.ª ronda da I Liga, sob arbitragem de João Gonçalves, da Associação de Futebol do Porto.
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